(Alessandra Mendes)
Foi retomado na manhã desta quarta-feira (28) na Justiça Federal o julgamento de dois réus do caso que ficou conhecido como Chacina de Unaí. O júri popular de Norberto Mânica e José Alberto foi iniciado na manhã de terça-feira (27) e a previsão é que termine até a próxima sexta-feira (30). Está sendo ouvido neste momento o delegado da Polícia Federal Antônio Celso dos Santos, que presidiu a investigação do crime na época.
O delegado, hoje aposentado, dá detalhes para o júri de como se deu a investigação e como a polícia chegou até os réus. Além dele, outras três testemunhas de acusação devem ser ouvidas nesta quarta-feira (30). Entre elas está Hugo Alves Pimenta, que também é réu no mesmo caso e fechou acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal.
É grande a expectativa tanto da defesa quanto da acusação pelo depoimento de Hugo Pimenta, que deve ser questionado sobre sua versão da história, que incrimina José Alberto de Castro e Norberto Mânica. "O depoimento dele é uma fantasia. Vamos mostrar para o aconselho de sentença que é uma história impossível de ter acontecido", alegou o advogado de José Alberto, Cleber Lopes.
Hugo Pimenta é testemunha comum entre defesa e acusação. A defesa ainda arrolou outras 17 testemunhas que ainda serão ouvidas no decorrer do julgamento.
Os quatro servidores do Ministério do Trabalho e Emprego foram executados em Unaí no dia 28 de janeiro de 2004. Três réus, os executores, já foram condenados pelo crime. O júri de outros dois réus, Antério Mânica e Hugo Alves Pimenta, estão marcados para os dias 4 e 10 de novembro, respectivamente.