Com a imagem manchada pelos sucessivos escândalos de corrupção e pela crise econômica, o PT de Minas não lançará candidatura própria à Prefeitura de Belo Horizonte.
Mesmo tendo nomes conhecidos do eleitor, como o ministro de Reforma Agrária, Patrus Ananias, os secretários de Ciência e Tecnologia, Miguel Corrêa Júnior, e de Planejamento, Helvécio Magalhães, o partido decidiu pela estratégia de apostar no aliado mais próximo por acreditar que operações da Polícia Federal (PF) minaram a possibilidade de êxito da legenda.
Até o nome do presidente da Cemig, Mauro Borges, chegou a ser cogitado nos bastidores. Mas a intenção foi logo abafada, já que ele é um dos alvos da operação Acrônimo da Polícia Federal (PF).
Com a decisão, a intenção do grupo político liderado pelo governador Fernando Pimentel (PT) é apoiar o PMDB, com o objetivo de reforçar a aliança estadual, diferentemente do que ocorre em nível nacional, onde a presidente Dilma Rousseff e o vice Michel Temer praticamente romperam.
Caberá aos peemedebistas indicar a cabeça de chapa. O PT ficará com a vice. Entre os petistas, é consenso que o partido não tem condições de vencer a eleição na capital. Por esse motivo, o nome escolhido pelo aliado deverá ser aceito sem restrições.
Nomes
Hoje, os mais cotados pelo lado peemedebista são o empresário Josué Alencar, filho do ex-vice-presidente da República José Alencar e herdeiro do grupo Coteminas, o deputado federal Leonardo Quintão e o secretário de Meio Ambiente, Sávio de Souza Cruz.
Conforme o Hoje em Dia adiantou em agosto de 2015, o grupo político do governador Fernando Pimentel pretende lançar várias candidaturas. A estratégia de pulverização visa a tentar forçar um segundo turno.
Além da candidatura do PMDB, o PT vai incentivar as do secretário de Turismo, Mário Henrique, do PCdoB, do deputado estadual Paulo Lamac, ex-petista e recém-filiado à Rede Sustentabilidade. Pelo PRB, o nome especulado é do apresentador de TV Carlos Viana. O deputado federal Marcelo Álvaro Antônio (PMB) compõe o núcleo dos aliados ligados ao governador.
Histórico
A última vez que o PT não lançou candidatura própria foi na eleição de 2008. Naquele ano, a legenda compôs com o PSDB e PSB para eleger, pela primeira vez, o prefeito Marcio Lacerda. O partido indicou o vice, Roberto Carvalho, que logo nos primeiros meses de governo rompeu com Lacerda.