Dono da Chiquinho Sorvetes, marca que vai chegar a Miami, aprendeu tudo de negócios com o pai

Paula Coura
pcoura@hojeemdia.com.br
17/02/2017 às 19:47.
Atualizado em 16/11/2021 às 00:35

Foi em 1980 que Isaías Bernardes de Oliveira, dono da rede Chiquinho Sorvetes, abriu a primeira loja. Quem o ajudou a investir no ramo alimentício foi o pai, Francisco Olímpio de Oliveira, que hoje dá nome aos negócios da família. Nascida em Frutal, no Triângulo Mineiro, a empresa já conta com mais de 400 unidades pelo país. Para 2017, há previsão de inauguração de uma loja nos Estados Unidos.

“A primeira unidade da Chiquinho era bastante familiar. Naquela época, não tínhamos a ideia de crescer nem tornar a sorveteria de Frutal uma rede como é hoje. A loja em Miami deve ser aberta até o fim do primeiro semestre deste ano”, diz Isaías de Oliveira.

Bastante ligado à família, o empresário não deixa de ressaltar que a presença dos parentes nos negócios foi fundamental para a expansão da marca e o crescimento da empresa. A primeira filial da Chiquinho, por exemplo, nasceu cinco anos depois da abertura da loja de Frutal, quando o empresário mudou-se para Guaíra, no interior de São Paulo, levando a empresa com ele. “Foram os familiares que começaram a expandir a empresa pelo interior paulista. Foi assim, aos poucos, que a marca foi crescendo”, disse.

Passados 30 anos de empresa, o empresário resolveu apostar no modelo de franquias, em 2010. Depois disso, os negócios decolaram. Até então, a empresa tinha 80 lojas. Em Minas Gerais, atualmente, a Chiquinho conta com 47 unidades. Na contramão da crise, a marca abriu 63 pontos de venda em 2016.

“O grupo CHQ, que controla toda a empresa, é composto por familiares, que se profissionalizaram e hoje são os gestores do negócio. Ele surgiu para que a expansão da empresa pudesse ser feita de maneira planejada e profissional”, diz.

Expansão

As previsões de crescimento da marca para 2017 são ainda mais ousadas. Além da abertura da primeira loja no exterior, o empresário pretende alavancar um faturamento de R$ 307 milhões – cerca de 20% do que foi alcançado em 2016, um montante superior a R$ 220 milhões.

No Brasil, para este ano, a estratégia da Chiquinho é ampliar a presença da marca nas capitais, com ênfase nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

“Todos os anos buscamos sempre lançar novos produtos. Neste ano já tivemos várias novidades, como o lançamento das linhas Ovomaltine e Café Shake. Na Páscoa, em abril, na nossa tradicional ‘semana do chocolate’, com certeza, teremos mais surpresas”, garante Isaías.

307 milhões de reaisé a expectativa de faturamento da Chiquinho Sorvetes em 2017. O grupo faturou R$ 220 milhões em 2016

 Lojas têm cardápio com mais de 100 opções

A empresa até hoje usa a receita do fundador para a fabricação de sorvete e tem um mix de produtos variados. As lojas oferecem mais de 100 opções de produtos, dentre elas, casquinhas, milk-shakes e sorvete de pote.

Cada loja da Chiquinho fabrica o próprio sorvete. O insumo, um tipo de bebida láctea, vem de um laticínio em Goiás e é distribuído a todos os pontos de venda. O uso das máquinas de sorvete soft começou em 1998, quando Isaías de Oliveira desenvolveu uma receita própria para a base da iguaria gelada.

“A produção dessa bebida é terceirizada. Temos mais de 2 milhões de clientes por mês”, relata Isaías Bernardes de Oliveira, proprietário da Chiquinho.

Outra aposta da empresa para expansão foi a implantação do modelo de quiosque para os franqueados. O investimento para abrir um ponto de venda nesse padrão é de cerca de R$ 210 mil, enquanto nas lojas-padrão esse valor gira em torno de R$ 350 mil. Nos dois tipos de negócio, a previsão de retorno do investimento é de 24 a 36 meses.

“Juntas, as unidades da sorveteria empregam mais de 10 mil pessoas. Só no grupo CHQ temos cerca de 200 funcionários”, comemora o empresário.

  

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