Dr. Nilton lidera disputa pela presidência da Câmara de BH

Felipe Motta e Tatiana Moraes
primeiroplano@hojeemdia.com.br
29/12/2016 às 23:07.
Atualizado em 15/11/2021 às 22:15

A base de Alexandre Kalil (PHS) abriu vantagem na disputa pela presidência da Câmara Municipal de Belo Horizonte. Encabeçado por Dr. Nilton (Pros), o grupo possui 17 votos, contra 16 do grupo de Wellington Magalhães (PTN), segundo levantamento realizado pelo Hoje em Dia com vereadores envolvidos nas negociações.

O candidato do ex-presidente Wellington Magalhães, afastado por suspeita de fraudes em licitações, ainda é uma incógnita. Autair Gomes (PSC) e Juliano Lopes (PTC) são os mais cotados para representar a mesa atual. Sem se posicionar oficialmente como postulante à presidência da Casa, Henrique Braga (PSDB), no entanto, seria outro nome forte de Wellington.

Segundo o regimento interno da Câmara, vence o candidato que tiver maioria absoluta. Ou seja, são necessários 21 votos para abocanhar o cargo. Caso a cota não seja atingida, é realizada uma nova votação, no mesmo dia. Afastado, Wellington Magalhães não vota.

Na tentativa de atrair mais nomes para o próprio grupo, os encontros entre os vereadores são intensos. Além das reuniões na Câmara, alguns realizam jantares em casa.

Como restam apenas dois parlamentares indecisos, os vereadores terão que contar com as dissidências ou com os nomes da Frente de Esquerda para alcançar os votos necessários. Segundo Gilson Reis (PCdoB), os cinco nomes da esquerda estão focados em Arnaldo Godoy, que encabeça a chapa. “Ainda não conversamos sobre um segundo turno”, diz. Fontes que não quiseram se identificar, no entanto, afirmam que os vereadores do PT e do PCdoB, que integram a Frente, se uniriam à chapa de Kalil em uma segunda votação.

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No outro grupo, de acordo com Bim da Ambulância (PSDB), a proposta é a de que o grupo de vereadores que gravitam no entorno de Wellington Magalhães defina um nome forte até o domingo, para evitar um racha. Apesar de o nome de Autair Gomes (PSC) aparecer em evidência, ao lado do atual presidente Henrique Braga (PSDB), Juliano Lopes ainda corre por fora como terceira via do grupo. “Juliano ainda não está fora do jogo”, diz um aliado de Lopes.

Ainda que seja mencionado recorrentemente, Henrique Braga, que hoje preside a Casa interinamente, nega interesse na vaga. “Nunca fui candidato à presidência. O necessário é garantir um nome que mantenha a independência da Casa”, diz. Nos bastidores, no entanto, o nome dele é mantido, diante da possibilidade de existência de um consenso forte no grupo.

Nome que chegou a ser cogitado para a disputa, Orlei (PTdoB) aguarda orientação do partido dele para definir quem vai apoiar, o que deve passar pelo crivo do deputado federal Luís Tibé. A vice-presidência nas duas principais chapas chegou a ser apresentada a ele como garantia de apoio, afirmam vereadores.

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