Agricultores mineiros apostam em novo recorde de produção

Iêva Tatiana - Do Hoje em Dia
01/07/2012 às 09:28.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:14
 (LUIZ COSTA - 16/06/2011)

(LUIZ COSTA - 16/06/2011)

Os agricultores mineiros esperam bater novo recorde de produção na safra 2012/2013 com a liberação de R$ 115,2 bilhões pelo governo federal destinados a créditos para a agricultura empresarial, o maior valor já investido no setor. A safra anterior atingiu 11,5 milhões de sacas.
 
Segundo o presidente da Cooperativa Agropecuária do Noroeste Mineiro (Coanor), Irmo Casavechia, o aumento de recursos para o setor sempre gera maior produtividade. “A presidente Dilma fez muito bem em jogar para R$ 115 bilhões. Parece que ela reforçou o caixa e reconheceu que a agropecuária ainda é o motor da economia. O crédito sempre ajuda, principalmente, na parte de custeio e de investimentos”.
 
O valor anunciado na última quinta-feira é 7,5% maior do que o recurso da safra 2011/2012. Do total, R$ 86,9 bilhões serão destinados ao financiamento do custeio e da comercialização dos produtos e R$ 28,2 bilhões aos programas de investimentos. Além do aumento, o plano reduz a taxa anual de juros de 6,75% para 5,5%.
 
Segundo o coordenador da Assessoria Técnica da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Pierre Vilela, a redução das taxas e o incremento na oferta são animadores. “Algumas atividades do Estado têm uma situação delicada, como o café, que é perene e tem altos e baixos. Mas esse pessoal está conseguindo pagar as dívidas e sanar as dificuldades”, ressalta.
 
De acordo com Vilela, as medidas anunciadas ainda não serão suficientes para resolver os problemas do setor, mas são positivas, de maneira geral. “Continuamos administrando o dia a dia e não pensando no futuro. Reforma tributária e investimentos na infraestrutura são temas que sempre ficam para trás”, protesta.
 
Produtor de café, milho e soja, Casavechia concorda. “O valor anunciado pelo governo nos surpreendeu, porque foi melhor do que o de anos anteriores, mas os insumos também aumentaram cerca de 25%. Fica aquela dúvida se o crédito será suficiente”.
 
Por outro lado, o representante da Faemg reconhece que, atualmente, os produtores de Minas Gerais estão conseguindo pagar as dívidas e manter as atividades. Com isso, uma das principais dificuldades enfrentadas na hora de obter empréstimos vem sendo sanada. “Por causa do endividamento, os agricultores não conseguiam fazer o cadastro nos bancos, mas, agora, a situação está melhor”.
 
No próximo dia 9, o Banco do Brasil deverá anunciar mudanças operacionais para os financiamentos, após divulgar um balanço da safra que se encerra neste domingo.

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