Aluguéis em BH subiram menos que a inflação em outubro

Tatiana Moraes - Hoje em Dia
26/11/2013 às 07:41.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:22
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

Os aluguéis em Belo Horizonte subiram 0,32% em outubro, percentual abaixo da inflação do período na cidade (0,37%), e também menor que o aumento dos aluguéis em setembro (0,43%). O resultado confirma a tendência de acomodação dos preços dos aluguéis na cidade.

Os dados são da ‘Pesquisa do Mercado Imobiliário em Belo Horizonte: Aluguéis’, realizada pela Câmara do Mercado Imobiliário e pelo Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário (CMI/Secovi), em parceria com o Ipead.

A previsão é a de que, no longo prazo, o índice seja semelhante ao da inflação. “A variação entre a inflação e o aluguel no mês foi muito pequena”, comenta o vice-presidente da entidade, Fernando Júnior. No acumulado dos últimos 12 meses, porém, o aluguel variou 6,35%, enquanto a inflação em Belo Horizonte acumulou 5,75%.

A acomodação dos preços dos aluguéis está diretamente ligada ao aumento da quantidade de imóveis residenciais ofertados. Em outubro, a quantidade de imóveis residenciais para locação na cidade aumentou 24,10% quando comparado ao registrado em setembro. No acumulado do ano, esse aumento é de 62,01%.

Aluga-se

Com relação à oferta dos imóveis comerciais para locação, houve alta de 27,26% em outubro. Nos 12 meses anteriores, a elevação foi de 68,66% na comparação com igual período anterior.

Com o aumento da oferta, a regra do capitalismo entra em cena, derrubando os preços.

“A quantidade maior de imóveis no mercado aumenta a competição e pode reduzir o valor individual”, comenta o vice-presidente da CMI/Secovi.

Na avaliação de Fernando Júnior, o aumento na oferta de imóveis para locação é reflexo do movimento de migração do investidor mineiro do mercado de capitais para os aluguéis, verificada nos últimso anos. Outro ponto destacado pelo representante da entidade como responsável pelo aumento de imóveis para alugar é o planejamento das construtoras, que têm entregado muitos imóveis neste ano, em decorrência da Copa do Mundo que será realizada no país no ano que vem. “Muita gente coloca o antigo imóvel para alugar, ampliando o estoque”, diz.

Quando a variação do aluguel é segmentada pelo tipo do imóvel, os barracões sofreram a maior valorização (1%). Em segundo lugar aparecem as casas, com 0,41%, seguidas pelos apartamentos, com 0,30%.

Aluguel médio chega a R$ 2.500

Quando divididos por regiões administrativas, o aluguel médio de apartamento na região Centro-Sul é o mais caro, custando em média R$ 2.507,17. Na região Oeste, o preço médio é de R$ 1.592,86.

O terceiro aluguel mais caro da cidade é na região da Pampulha, custando R$ 1.447,74, seguido pelos imóveis da região Leste (R$ 1.309,20), Nordeste (R$ 1.205,36), Noroeste (R$ 1.005,40), Barreiro (R$ 873,79) e, por fim, Venda Nova (R$ 866,67).

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