Os bancos do Chipre abriram as portas ao meio-dia no horário local (7 horas de Brasília) pela primeira vez em quase duas semanas. Agora os correntistas podem acessar suas contas, embora sob rígidas restrições às transações.
Grandes filas se formaram fora de algumas agências, especialmente as do Banco Popular do Chile, conhecido como Laiki, que será fechado. Algumas agências do banco não abriram exatamente no horário marcado e, embora alguns clientes na fila tenham ficado impacientes, não houve problemas.
Os bancos estavam fechados desde 16 de março, enquanto os políticos discutiam como levantar recursos suficientes para se qualificarem para um resgate financeiro internacional, o que aconteceu na última segunda-feira.
Um pensionista de 70 anos que informou apenas se chamar Ioannis, ficou à espera da reabertura de um banco na capital Nicósia por duas horas. "Eu tive que vir cedo. Vim da minha vila que fica a 20 quilômetros daqui, o que querem que eu faça? Continue indo e vindo?", questionou.
Em frente a uma agência do Banco do Chipre, entre os primeiros da fila estava um empresário grego de 52 anos, que não quis se identificar. Ele disse que voou da Grécia para a ilha para sacar "quanto dinheiro pudesse" de sua conta para pagar faturas e empregados e revelou que será prejudicado pelo confisco de depósitos acima de 100 mil euros.
Os controles sobre as transações financeiras, impostos para evitar que poupadores preocupados e empresas corram para retirar todo o dinheiro que possuem nos bancos, incluem um limite de 300 euros por dia, por pessoa, para saques em dinheiro e proíbem pagamentos no exterior acima de 5 mil euros. Nenhum cheque poderá ser descontado, embora possam ser depositados, e os viajantes que saírem do país poderão levar apenas mil euros ou o equivalente em outras moedas.
As restrições serão revisadas diariamente e inicialmente valerão por sete dias, até a próxima quarta-feira, segundo o decreto publicado pelo Ministério de Finanças cipriota. As informações são da Associated Press.
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