Avenida Brasil, corredor de óticas de Belo Horizonte

Iêva Tatiana - Do Hoje em Dia
06/07/2012 às 06:22.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:21
 (FREDERICO HAIKAL)

(FREDERICO HAIKAL)

A concentração de clínicas e consultórios oftalmológicos no bairro Santa Efigênia, Região Leste de Belo Horizonte, criou um verdadeiro corredor de óticas na avenida Brasil. Apenas no quarteirão entre a rua Ceará e a avenida Francisco Sales, há 13 lojas do segmento. Segundo os comerciantes, a concorrência é positiva e há demanda para todos os estabelecimentos da área.

De acordo com o gerente da Optical Classic, José Zacarias, cada loja tem seu público e, embora a concorrência exista, a presença dos outros lojistas não é vista com maus olhos. “O atendimento, sim, é fundamental. Sempre treinamos os vendedores e estamos atentos à moda, para oferecer novos produtos”, afirma.

Outra aposta de Zacarias é na fidelização da clientela. Há 14 anos, a ótica funciona no mesmo ponto e é uma das mais antigas da região. “Hoje, muita gente manda cartas e e-mails, mas eu prefiro ligar para meus clientes e procurar saber porque eles sumiram, se estão precisando de alguma coisa. É uma forma de manter a proximidade”, diz o gerente.

Na Zoom Óticas, inaugurada há cerca de cinco meses, a estratégia é a mesma. O gerente Laurito Reis também acredita na qualidade do atendimento como diferencial e vê a oferta concentrada de lojas como positiva para os clientes. “O preço nas óticas é muito equilibrado, mas é claro que a gente tenta cobrir o do concorrente. Porém, vale mesmo é o preço, o atendimento; o pós-venda é o ponto principal”.

Para Reis, no entanto, o sucesso nas vendas não está atrelado, necessariamente, à localização. “Na área central, o fluxo é maior e também tem muitas óticas próximas, mas o ponto, aqui, tem forte atrativo de clientes e não é caro. Todo mês superamos o mês anterior em vendas”, afirma.
Segundo levantamento da Associação Brasileira da Indústria Óptica (Abióptica), o momento é realmente positivo para os negócios. No ano passado, o mercado nacional registrou crescimento de 22% em relação a 2010, com faturamento total de quase R$ 20 bilhões. Em Minas Gerais, foram vendidos 4,3 milhões de óculos com prescrição médica e 995 mil óculos solares. As 2.853 óticas do Estado faturaram R$ 1,6 bilhão.

De acordo com a vendedora Gisele Morais Costa, da Ótica Popular, o grande número de lojas no mesmo quarteirão não é problema. “Para mim, quanto mais tem, melhor é. Não posso dizer que ficamos milionários, mas o negócio funciona muito bem. É a concorrência que faz a gente melhorar”, afirma.

Já o proprietário da Ótica Net, Júlio Mattos Horta, não considera positiva a concentração de óticas na avenida Brasil. “Não concordo com isso e acho que não deveria ser permitido”

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por