Bairro São Pedro é o "Vale do Silício" de Belo Horizonte

Franciele Xavier - Hoje em Dia
07/10/2013 às 06:34.
Atualizado em 20/11/2021 às 13:07

Se uma empresa belo-horizontina de base tecnológica possui um modelo de negócios em expansão e investe em soluções de inovação, ela será bem aceita no San Pedro Valley. O nome parece remeter a outro país, mas na verdade trata-se da maior comunidade de startups mineiras. O apelido é uma brincadeira que faz alusão ao Vale do Silício, nos Estados Unidos, região que concentra os grandes players da tecnologia, como Google e Facebook.

O bairro São Pedro, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, abrigava, inicialmente, três startups e, por causa da repercussão nacional do apelido de “San Pedro Valley”, hoje já são 107, apenas dois anos depois do batismo.

Um dos primeiros empreendedores a se instalar na região foi Diego Gomes, da Rock Content, empresa de geração de conteúdo de marketing on-line por uma rede de freelancers. Gomes conta que, inicialmente, os profissionais das poucas startups naquela época, em 2011, encontravam-se frequentemente em cafés, shoppings e restaurantes e, por isso, começaram a chamar o bairro de San Pedro Valley, porque havia grande circulação de empreendedores.

Brincadeira séria

O apelido ficou e o que era uma brincadeira passou a ser coisa séria. “Aconteceu que a Rock Content e a HotMart foram as ganhadoras de grandes competições nacionais de startups, como o PREI e o Prêmio Buscapé, respectivamente. Desde então, o San Pedro Valley passou a ser conhecido, o que resultou na vinda de muitas startups para a região e na criação oficial da comunidade”, diz Gomes.

Hoje, a comunidade tem um site que aponta onde está cada uma das empresas, além de listar os investidores, as aceleradoras e os escritórios compartilhados. Um deles, o Elo Coworking, oferece a infraestrutura de salas de reunião e treinamento, estações de trabalho, internet, entre outros.

O proprietário, Francisco Amaral, explica que grande parte dos clientes é de startups, pois os empreendedores iniciantes preferem não fazer investimentos em estrutura de escritório. “Trabalhando num mesmo local, eles compartilham muitas ideias, experiências, ensinam e aprendem”, disse Amaral.

Um dos fundadores da Beved, startup de ensino que oferece aulas em vídeo e presenciais, Matt Montenegro explica que o objetivo da comunidade é exatamente esse, compartilhando escritórios ou não.

“A nossa comunidade não tem chefes, é totalmente inclusiva e todos desejam que cada empreendedor amadureça para fortalecer seus negócios. Nosso objetivo é representar Belo Horizonte e Minas em âmbitos nacional e mundial”, diz Montenegro.

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