Cemig tem expectativa de ficar pelo menos com usina de Miranda

Estadão Conteúdo
26/09/2017 às 14:03.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:44
 (Divulgação/Cemig)

(Divulgação/Cemig)

O presidente da Cemig, Bernardo Alvarenga, disse nesta terça-feira, 26, que ainda tem expectativa de que ao menos a hidrelétrica de Miranda, uma das quatro usinas da estatal que o governo pretende leiloar na quarta-feira, 27, fique sob o controle da empresa mineira. A proposta será encaminhada à Advocacia Geral da União (AGU), que deve remeter o pleito ainda nesta terça para análise do Supremo Tribunal Federal (STF).

"Estamos com expectativa boa. Estamos com a intenção de conseguir resolver essa situação hoje", disse Alvarenga ao Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado) ao chegar no STF para um encontro com o ministro Dias Toffoli. Segundo o presidente da Cemig, a proposta é de que o leilão seja mantido, apesar da retirada de Miranda da oferta.

Ele não disse, porém, se isso é efetivamente possível. "Pelo menos essa é a nossa expectativa. Acho que não precisa cancelar o leilão", disse Alvarenga, acrescentando que o objetivo da Cemig é sensibilizar o governo. "Vamos ver, estamos na briga."

Alvarenga estava acompanhado do deputado Fabio Ramalho (PMDB-MG), que tem articulado as movimentações da Cemig em Brasília. Apesar do otimismo do presidente da Cemig, o deputado disse que a retirada de Miranda da licitação levaria sim ao adiamento do leilão. "Precisa cancelar o leilão", disse o parlamentar.

O encontro com o ministro Toffoli não durou mais de 20 minutos. Na saída do STF, Alvarenga disse apenas que esteve no Supremo para agradecer o apoio de Toffoli. O presidente da Cemig confirmou que, às 14 horas, estará na AGU para uma reunião com a ministra Grace Mendonça.

Nos planos da Cemig, a AGU deve analisar o pleito de retirar Miranda do leilão e encaminhar essa proposta ao STF. Segundo o deputado Fabio Ramalho, o presidente Michel Temer teria se mostrado sensibilizado com o pedido e solicitou que a AGU "abrisse a mesa de negociação".

"Não recebi acordo"

O diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, disse que, até o momento, não foi informado sobre nenhum acordo entre o governo e a Cemig para retirar a usina de Miranda do leilão. "Não nos foi comunicado nada disso", afirmou. "Para nós, o leilão continua marcado para amanhã com todos os lotes previstos", acrescentou, em referência às hidrelétricas de Jaguara, São Simão, Miranda e Volta Grande.

Se o governo fechar um acordo com a Cemig para manter a usina de Miranda sob o controle da companhia, a Aneel teria que fazer modificações no edital. 

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