CNI diz que indústria ainda não demonstra recuperação forte e sustentada

Estadão Conteúdo
03/04/2017 às 15:30.
Atualizado em 15/11/2021 às 13:59
 (Fiat/Divulgação)

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A indústria demonstra sinais ambíguos e ainda não é possível falar em recuperação. A avaliação é da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que fez a análise com base na pesquisa Indicadores Industriais do mês de fevereiro. "Percebe-se que a longa e difícil trajetória de queda em todos os indicadores da indústria parece ter se encerrado. Contudo, ainda não há recuperação forte e sustentada em curso", diz a entidade.

Todos os indicadores levantados pela CNI na pesquisa apresentaram queda na comparação entre os meses de fevereiro de 2017 e de 2016. Também houve recuo em todos os índices na comparação do primeiro bimestre com os dois primeiros meses do ano passado.

Já em relação a janeiro, faturamento, horas trabalhadas na produção e emprego tiveram variação positiva, mas a massa salarial real, o rendimento médio real e a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) ainda registram queda. "Os indicadores de atividade industrial e do mercado de trabalho permanecem em patamares muito baixos."

De acordo com o levantamento, o faturamento real da indústria aumentou 0,4% em fevereiro na comparação com janeiro, registrando crescimento pelo segundo mês consecutivo. Em relação a fevereiro do ano passado, porém, o recuo foi de 9,8%. No acumulado do ano, a queda é de 8,4%.

As horas trabalhadas na produção tiveram alta de 0,2% na comparação com janeiro. Em relação a fevereiro de 2016, a queda das horas trabalhadas em janeiro deste ano foi de 3,5%. No acumulado do ano, o recuo é de 2,9%.

O emprego apresentou aumento de 0,4% em relação a janeiro. Na comparação com fevereiro do ano passado, a queda é de 3,9%, e no acumulado do ano, houve diminuição de 4,3%.

A massa salarial real registrou queda de 0,7% ante janeiro e de 5,9% na comparação com fevereiro de 2016. No acumulado do ano, o recuo é de 6,2%.

O rendimento médio real teve queda de 0,7% ante janeiro e de 2% na comparação com fevereiro do ano passado. Em relação ao primeiro bimestre do ano passado, a queda é de 2%.

A utilização da capacidade instalada caiu para 77,3% ante 77,7% em janeiro. Em fevereiro do ano passado estava em 77,9%.

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