Comerciantes da av. Santos Dumont fecham as portas

Giulia Mendes - Hoje em Dia
20/07/2015 às 06:31.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:59
 (Lucas Prates/Hoje em Dia)

(Lucas Prates/Hoje em Dia)

Quase um ano após a implantação do projeto de mobilidade urbana Move, uma das maiores compensações da Copa do Mundo de 2014 para Belo Horizonte, comerciantes da avenida Santos Dumont, na região Central da capital, lamentam a queda no movimento e nas vendas.

O motivo principal citado por empresários, além da crise econômica, é a retirada dos pontos de ônibus das calçadas, o que contribuiu para a redução da movimentação nas lojas. Com o novo sistema de transporte, os passageiros foram transferidos para as estações ao centro da avenida.

No último mês, grandes lojas que estavam instaladas no local há anos fecharam as portas. É o caso do supermercado Epa e da loja Ricardo Eletro, na esquina com a rua Curitiba. No mesmo quarteirão, o Lojão do Real, que vende artigos para casa, brinquedos e presentes a preços acessíveis, será desativado na próxima semana. “Desde que as obras do Move começaram até agora, só tivemos prejuízo. Estamos transferindo a unidade para Venda Nova, na rua Padre Pedro Pinto”, conta um dos gerentes da marca, Cleuber Ferreira.

Para o presidente da Associação dos Comerciantes do Hipercentro, Flávio Froes, a crise agravou o problema que surgiu após a implantação do Move e da revitalização do Centro. Segundo ele, o cenário na Santos Dumont é “trágico”.

“O comércio morreu ali, a situação é bastante crítica. O movimento das lojas, que já estavam num processo de decadência, caiu de 40 a 50% agora com a crise. Juntou o resultado da revitalização do Centro, exatamente o contrário do que esperavam os comerciantes, com os problemas econômicos do país. Foi um tsunami”, lamentou.

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