Confiança do industrial brasileiro é a menor desde abril de 2009

Agência Estado
18/07/2012 às 23:03.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:40
 (Marcelo Prates/Arquivo Hoje em Dia)

(Marcelo Prates/Arquivo Hoje em Dia)

BRASÍLIA - Desde o auge da crise financeira internacional, em abril de 2009, o industrial brasileiro nunca esteve tão desanimado com a situação econômica do país e o rumo da empresa em que trabalha como agora. Essa deterioração das expectativas foi revelada nesta quarta-feira (18) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com a divulgação do Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) de julho.

O indicador apresentou a maior queda na comparação com o mês anterior dos últimos dois anos e foi fortemente influenciado pelos executivos do setor automotivo, justamente uma das áreas que mais receberam incentivos do governo nos últimos meses.

A piora das expectativas dos industriais não é um movimento isolado, segundo Marcelo de Ávila, economista da CNI. Ele previu que dificilmente haverá uma recuperação da confiança dos empresários nos próximos meses porque o mercado interno não tem a mesma força de reação apresentada há dois anos e também porque as exportações “não aumentam no ritmo desejado”, apesar da alta do dólar.

De acordo com o levantamento, o Icei caiu 2,8 pontos em julho ante junho, atingindo a marca de 53,3 pontos. Mesmo com a piora, pode-se dizer que o empresário ainda tem uma certa dose de esperança, já que o indicador varia de 0 a 100 pontos, com a marca de 50 pontos sendo a linha divisória entre pessimismo e otimismo.

Mesmo com todas as medidas anunciadas pelo governo para o setor automotivo, como redução do IPI, elevação do imposto para carros importados e aumento da oferta de crédito, os industriais que trabalham em empresas de veículos automotores são os mais pessimistas no momento. Também estão com a confiança afetada os empresários dos setores de madeira (48,8 pontos), borracha (48,6 pontos), material plástico (48 pontos), informática (49,9 pontos) e máquinas e equipamentos (49,5 pontos).

Por segmento de atuação do setor, a indústria da construção registrou 55,2 pontos em julho, enquanto a da indústria extrativa ficou em 57,1 pontos. Já a indústria da transformação está com 52,4 pontos.

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