O tomate, o pão francês, o óleo de soja e o arroz foram os produtos que mais subiram em julho em relação a junho, de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica divulgada nesta segunda-feira pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O levantamento mostra que o tomate registrou alta em todas as 17 capitais onde a instituição faz a coleta. O motivo da valorização é o excesso de chuvas e as baixas temperaturas em algumas regiões do País, o que está reduzindo a oferta do produto.
Em Belo Horizonte, o preço subiu 121,34% no sétimo mês do ano frente ao anterior. No Rio de Janeiro (98,89%) e em Vitória (86,85%), o preço do tomate não chegou a atingir alta de 100%, mas ficou em nível bastante elevado. No confronto com julho de 2011, o cenário ficou praticamente o mesmo, com altas significativas. Em 14 capitais, houve aumento do tomate. As maiores variações foram registradas no Rio de Janeiro (124,69%), em Belo Horizonte (102,68%) e Porto Alegre (98,23%). Já em Florianópolis, os preços recuaram 20,71% no sétimo mês deste ano ante julho de 2011. Em Salvador e no Recife, o tomate também ficou mais barato no período em análise, com baixas de 10,94% e 4,26%, respectivamente.
Outro produto bastante consumido pelos brasileiros e que encareceu a cesta básica em 13 capitais do País em julho foi o pão francês. A maior valorização, de 3,03%, foi registrada em Fortaleza. Em seguida, aparece João Pessoa (1,93%). Em São Paulo (1,24%) e em Goiânia (1,21%), a alta do pão francês ficou na casa de 1,00% em julho ante junho.
Das 17 cidades pesquisadas, o Dieese apurou que o óleo de soja avançou em 13 delas no sétimo mês do ano em relação a junho, com destaque para Brasília (7,43%), Aracaju (3,19%) e São Paulo (1,89%). O valor do óleo de soja vendido em Natal (-1,91%), no Recife (-1,85%) e em Belém (-0,84%) recuou em julho na comparação com o mês anterior.
Arroz e feijão
O preço do arroz subiu em 12 municípios no mês passado ante junho. Em Brasília, o aumento foi de 13,54%, mas em Belém houve estabilidade. Em Natal e Salvador, a instituição apurou quedas de preço do cereal de 6,98% e 2,17%, respectivamente.
Os consumidores de oito cidades tiveram despesas mais elevadas em julho na hora de comprar feijão. As principais altas do grão foram apresentadas em Aracaju (11,09%), Brasília (5,71%) e Florianópolis (5,43%), enquanto em Belo Horizonte (-10,39%), Fortaleza (-8,51%) e João Pessoa (-7,47%), o preço caiu em julho em relação a junho de 2012.
Na contramão do arroz e do feijão, o valor da carne bovina diminuiu em 15 capitais brasileiras no mês passado. O recuo mais significativo foi registrado em Fortaleza, onde preço ficou 6,89% menor na margem. Em São Paulo, a retração foi bem menos intensa, de 0,06%. Apenas em Porto Alegre (0,37%) e João Pessoa (0,18%) a carne de boi ficou mais cara no mês passado.
O Dieese destaca que desde o início do ano o consumidor vem gastando menos dinheiro na compra de carne bovina. De janeiro a julho, as quedas mais expressivas foram verificadas em Goiânia (-17,90%), Vitória (-10,00%) e no Recife (-8,79%). Em Salvador (6,32%), Aracaju (5,36%) e em Brasília (0,57%) os preços da carne bovina subiram do primeiro ao sétimo mês deste ano.
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