Dona da Avianca é escolhida para comprar portuguesa a TAP, diz "WSJ"

Folhapress
18/10/2012 às 21:22.
Atualizado em 21/11/2021 às 17:21
 (TAP/Divulgação)

(TAP/Divulgação)

O governo português disse nesta quinta-feira (18) que escolheu a brasileira Synergy Aerospace, conglomerado industrial e de aviação, como a única concorrente para adquirir a estatal TAP (Tap Air Portugal), segundo o jornal inglês "The Wall Street Journal".  A Synergy é sócia-majoritária da AviancaTaca Holding S.A., segundo maior grupo de aviação da América Latina em tráfego, e é controlada pelo empresário Germán Efromovich. O líder do setor é o grupo Latam Airlines, fusão da brasileira TAM Linhas Aéreas com a chilena LAN.    A portuguesa TAP é a maior transportadora de passageiros entre a Europa e o Brasil e vale cerca de 1,2 bilhão de euros, se avaliada pelo ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 2011 multiplicado por oito -calculado usado recentemente em acordos do setor segundo o governo e funcionários de companhias aéreas.    Procuradas pelo "WSJ", a Synergy não foi encontrada para comentar o assunto e a AviancaTaca se recusou a comentá-lo.    Resgate português    A venda foi anunciada pelo secretário dos Transportes de Portugal, Sérgio Monteiro, e deve ser concluída até o fim deste ano, segundo o "WSJ". Monteiro disse que o governo português terá prioridade para comprar a TAP de volta caso a empresa decida vendê-la. Portugal também exigiu que um hub da companhia aérea permaneça em Lisboa.   A privatização da TAP faz parte do plano de resgate de 78 bilhões de euros do governo luso e inicialmente atraiu o interesse de empresas como a British Airways, a espanhola Iberia e a alemã Lufthansa.    Avianca e grupo Synergy    O grupo AviancaTaca surgiu da compra da colombiana Avianca, à beira da falência em 2004, e do grupo el salvadorenho Taca em 2009.    O grupo Synergy é uma holding sul-americana fundada em 2003 por Efromovich, empresário brasileiro-colombiano que migrou para a Bolívia após a 2ª Guerra Mundial.    Não está claro como o grupo pretende estruturar o negócio, pois regras da UE (União Europeia) proíbem acionistas não europeus de controlar mais de 49% de uma empresa do continente. 

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