Empresários discutem em BH alternativas à crise

Tatiana Moraes - Hoje em Dia
23/10/2015 às 06:49.
Atualizado em 17/11/2021 às 02:11
 (Flávio Tavares )

(Flávio Tavares )

Sem perspectiva de uma solução para a crise econômica por parte do governo federal sequer no médio prazo, empresários de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo realizaram nessa quinta (22), na sede da Associação Comercial de Minas Gerias (ACMinas), o primeiro encontro da Frente Sudeste das Associações Comerciais. No evento, chamado de “Day After: preparando para o amanhã chegar”, foi dada a largada para o planejamento do futuro do comércio.

Durante toda a manhã, mais de 200 empresários, representantes do setor, ex-ministros e o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, propuseram soluções para o amanhã. O objetivo é realizar, em breve, eventos semelhantes nos estados vizinhos.

De acordo com o presidente da ACMinas, Lindolfo Paoliello, a classe empresária deve assumir os rumos do próprio futuro e traçar planos para driblar o período econômico conturbado. Entre as ações práticas que serão desenvolvidas, ele cita a elaboração de um Plano de Negócios e a construção de uma rede de apoio entre as 2,3 mil Associações Comerciais da Região Sudeste.

“Nós já sabemos tudo que está errado. Por isso, nestes encontros a intenção é olhar para frente. Precisamos planejar, coisa que o atual governo não fez”, afirmou o presidente da entidade. Ele enfatizou, ainda, que até agora o Brasil esperou muito. “Chegou a hora de agir”.

O presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro, Paulo Protásio, ressaltou que para andar para frente “é necessário esquecer Brasília”. “Não encontraremos as respostas às nossas perguntas lá. É dentro das nossas associações que teremos o retorno necessário”, diz Protásio. Ele comenta que cada associação quer se renovar e que formar uma rede em que todas se ajudem é a maneira mais eficaz para chegar ao sucesso.

“O atual modelo partidário faliu há muito tempo. A mudança virá da base, dos empresários”, completou o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, que elogiou a mobilização dos empresários. Ele destacou que é preciso desenvolver novas ações, inclusive, para o serviço público. “A queda da economia é prejudicial para todos, inclusive para o sistema público. Afinal, com a queda da arrecadação de impostos nosso caixa diminui”, explicou.

O ex-ministro do Planejamento Paulo Paiva concluiu que é importante pensar em toda a sociedade para desenvolver planos sustentáveis. Segundo ele, a educação é fundamental para uma economia perene. “E a matrícula de crianças no ensino básico diminuiu nos últimos anos”, lamentou.

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