A MMX, braço de mineração do grupo EBX, de Eike Batista, busca um sócio-investidor para expandir o projeto Serra Azul, formado pelas minas Tico-Tico e Ipê, em Iagarapé e São Joaquim de Bicas, no Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais. A empresa registrou prejuízo líquido de R$ 441,5 milhões no segundo trimestre deste ano – 12,5% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado.
O anúncio foi feito ontem pelo presidente e diretor de Relações com Investidores da MMX, Carlos Gonzalez, durante divulgação de resultados do segundo trimestre de 2013.
“Quanto mais rápido acontecer essa negociação, melhor para acabar com a ansiedade dos investidores com relação ao futuro da empresa”, reconheceu.
Inicialmente, os planos da MMX para o projeto Serra Azul eram investir R$ 4,8 bilhões para aumentar a capacidade de produção de minério de ferro das atuais 8,7 milhões de toneladas ao ano para 29 milhões de toneladas anuais. A empresa não só suspendeu o plano de expansão como, no mês passado, demitiu 130 funcionários das minas, como parte do processo de corte de custos.
A MMX produziu 1,807 milhão de toneladas de minério no segundo trimestre, recuo de 10% na comparação com o mesmo período de 2012 e expansão de 17% ante o primeiro trimestre de 2013.
“Para sanar as dívidas da companhia, principalmente de curto prazo, há frequentes negociações para novas linhas de crédito. No entanto, não estamos conseguindo a quantidade desejada. O que podemos falar é que dois grandes bancos que estão conosco estão prestes a aprovar a renovação de algumas linhas”, disse.
Gonzalez afirmou que colocou à venda o sistema Corumbá, no Mato Grosso do Sul, que apresentou resultados operacionais positivos, com produção de 268 mil toneladas no segundo trimestre, alta de 11% ante o trimestre imediatamente anterior, mas tem custos operacionais elevados por causa da logística desfavorável.
Superporto
Outro ativo importante da MMX é o Superporto Sudeste, que está sendo construído em Itaguaí, no Rio de Janeiro. Segundo a empresa, 92% das obras da primeira linha de embarque estão concluídas e a operação deve começar até o final do ano.
O porto é dedicado à movimentação exclusiva de minério de ferro e tem a menor distância entre os produtores de minério de ferro do Quadrilátero Ferrífero de Minas e o mar.
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