Franquias de estética, moda e alimentação devem se destacar em 2017

Paula Coura
pcoura@hojeemdia.com.br
06/12/2016 às 06:00.
Atualizado em 15/11/2021 às 22:12

Para quem busca se tornar seu próprio chefe em 2017, o mercado de franquias pode ser um ótimo aliado por oferecer diferentes opções de negócios, com investimentos que vão de R$ 10 mil a R$ 2 milhões. 

Para o próximo ano, entre os setores que devem se destacar estão estética, beleza, moda, alimentação saudável e automóveis. Lojas com espaços físicos menores e estrutura mais enxutas, chamadas de microfranquias, deverão ser as mais atrativas para os novos empreendedores. 

“Podemos falar que será uma tendência lojas com marcas compartilhadas, que podem dividir custos operacionais”, pontua Lucien Newton, especialista em franquias e diretor da Loja de Franquia.com. 

Para o consultor, o negócio de franquias tem sido muito procurado pela estabilidade proporcionada ao empreendedor. Após cinco anos, de acordo com o especialista, apenas 6% dos franqueados não conseguem manter o empreendimento e acabam fechando as portas.

“Por outro lado, menos de 25% das lojas de marcas próprias iniciadas no Brasil mantêm-se abertas após cinco anos, bem diferente da estatística dos franqueados. Empreender em uma loja de maneira totalmente independente é uma jogada de risco muito grande, perigo que é reduzido quando a escolha é pelo modelo de franquias”, observa o consultor Lucien Newton. 

Sucesso

Apostando neste mercado, quem optou por ter não só uma, mas duas franquias no ramo alimentício, foi o advogado Igor Miranda Bichara. Assim que terminou os estudos, ele viu no negócio de franquias uma oportunidade de capitalização mais rápida que no ramo do Direito. Abriu uma franquia da Kopenhagen no Shopping Cidade, em BH, há quatro anos. Em 2016, resolveu empreender em uma unidade da Creps. 

“É um negócio mais difícil, porque se não ficar esperto com os produtos, que são perecíveis, os lucros vão embora junto às mercadorias. Eu já tenho escritório de advocacia e, em meio à crise, as franquias ainda garantiram lucros. Além disso, esse é um sistema em que tenho uma orientação sobre todo o modelo de negócio, e assessoria sobre como melhor administrá-lo”, disse. 

Já o franqueador Ricardo Aguiar apostou em um modelo popular. Contador há 27 anos, criou a NTW Contabilidade com uma possibilidade de negócio voltada aos colegas de profissão a custos mais acessíveis, no sistema do trabalho em casa. Para ele, o segredo do sucesso é a afinidade do empreendedor com a franquia de investimento. 

“A intenção é permitir que qualquer pessoa seja dona do próprio negócio. Em meio à crise, foi uma oportunidade lançada para quem quer abrir um novo negócio ou voltar a empreender sem se preocupar em ser 100% dono de um escritório, já que auxiliamos em toda essa parte administrativa”, observa. 

Grupo de investidores pode ser a solução para quem quer apostar em grandes marcas 

Grandes marcas também devem ter espaço garantido em 2017 na preferência dos investidores em franquias, segundo especialistas.

Apesar de terem um custo mais alto para abertura de loja, franqueados e investidores garantem que, escolhendo o ramo certo, conforme a afinidade de cada pessoa, o negócio tem tudo para deslanchar. 

Quem busca empreender em franquias mais caras e não tem todo o valor do investimento inicial pode buscar por outros sócios ou se associar a um grupo administrador de franquias.

O empresário Marcos Calazans resolveu investir na captação desses franqueados. Em 2014, criou o Banco de Franquias, que administra redes de grandes marcas. 

Nesse modelo, o investidor decide em qual marca que deseja ter uma franquia, mas não se torna administrador dela. “Quem administra é o grupo. Temos clientes médicos e advogados que querem ter uma franquia e não querem operacionalizá-la. A empresa cuida dessa parte”, explica Calazans. 

Exclusivo

O Banco de Franquias detém exclusividade de grandes marcas como Adidas, The Taste e KFC. Para serem abertas, as lojas do grupo custam entre R$ 500 mil e R$ 2 milhões de investimento inicial, que necessariamente não é pago por uma única pessoa.

“A intenção é achar investidores para uma mesma marca. A partir de R$ 150 mil já conseguimos temos várias possibilidades”, conta Calazans. Ele também explica que no caso da KFC, por exemplo, o lucro líquido da franquia por mês pode chegar a R$ 65 mil, com faturamento mensal médio de R$ 250 mil . 

Quem também resolveu fugir à regra e empreender em uma franquia mais onerosa foi Fátima Baracho, proprietária da mais nova loja da Urban Art em BH. Advogada de formação, ela explica que foi apoiada pelos filhos para empreender na venda de arte digital. 

“Tenho pouco mais de uma semana de loja e já estou impressionada com o movimento. Temos entre 3.200 e 3.500 artistas cadastrados, com obras das mais variadas e isso tem atraído um público bem diversificado”, explica.

Ela não esconde a possibilidade de empreender em novas franquias. “Tem fraqueado que em dois anos já conseguiu abrir a segunda loja”. Editoria de Arte / N/A

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