Greve nos transportes de valores leva banco a "racionar" dinheiro

Janaína Oliveira - Do Hoje em Dia
11/09/2012 às 07:22.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:10
 (Frederico Haikal/Hoje em Dia)

(Frederico Haikal/Hoje em Dia)

A falta de dinheiro em caixas eletrônicos e bancos de Belo Horizonte agravou-se na última segunda-feira (10). Desabastecidas por causa da greve dos trabalhadores das empresas de transporte de valores, que entrou em seu sétimo dia, algumas instituições limitaram o valor dos saques e complicaram ainda mais a vida do belo-horizontino. Desde o início da paralisação, pelo menos R$ 160 milhões em espécie deixaram de circular na capital, segundo o sindicato das categoria.

O Hoje em Dia percorreu várias agências bancárias em Belo Horizonte e constatou o problema. “Devido à greve das transportadoras de valores, estamos com os caixas eletrônicos indisponíveis para saque”, informavam cartazes colados nas fachadas de agências do banco Itaú na rua da Bahia e na Praça 7.

“Limite para saque: 10h às 16h - R$ 1.400”, informava outro cartaz, desta vez na agência da Savassi. “Já rodei várias agências. Estou desesperado pois tenho um monte de compromissos para honrar”, lamentou o engenheiro Pedro Silva, que temia ser chamado de caloteiro.

No limite

Com pouco dinheiro disponível, o Bradesco optou por limitar em R$ 250 a quantia para saques na agência da avenida Afonso Pena. Mesmo assim, o cliente só encontrava dinheiro em um dos terminais, aumentando as filas. “Está faltando dinheiro. E ainda não sabemos quando a situação voltará ao normal”, disse um vigia.Na avenida Brasil, o limite era R$ 300, mas apenas dois caixas funcionavam. E só ofereciam notas de R$ 10. Os correntistas da Caixa Econômica Federal também tiveram problemas para abastecer a carteira. Dos 15 terminais da agência na Rua da Bahia, apenas dois funcionavam para saque. “A culpa é da greve do pessoal do carro-forte”, justificou uma atendente.

Por nota, o Itaú Unibanco admitiu que algumas agências de Minas Gerais tiveram limitação de saque por conta da greve. Para minimizar impactos, a instituição oferece alternativas como DOCs, TEDs, cheques e cartões de débito e crédito. O Bradesco, por sua vez, informou que “a limitação do saque em determinado valor é um plano de contingência para evitar que os clientes sejam prejudicados”.
 

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