Indústria mineira apresenta primeiro sinal de retomada

Tatiana Moraes - Do Hoje em Dia
08/08/2012 às 12:09.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:17
 (Fiat/Divulgação)

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A produção industrial de Minas Gerais avançou 1,3% em junho, após cair 1,4% em maio, na comparação com o mês imediatamente anterior. Apesar do resultado melhor, no confronto com igual período do ano anterior, houve queda de 1,4%, a sétima consecutiva.

Nove das 13 atividades industriais pesquisadas registraram queda na comparação com junho de 2011. A mais acentuada, e responsável por puxar para baixo o índice geral, foi apurada no setor de veículos automotores (-5,1%). Impactos negativos significantes também foram observados na indústria extrativa (-4%), fumo (-21,9%) e minerais não metálicos (-3,7%). As explicações vêm da menor produção de minérios de ferro, de cigarros e de cimentos portland, respectivamente.

Em contrapartida, alguns resultados positivos contribuíram para segurar o índice. Os setores de outros produtos químicos e de outros produtos de metal exerceram as principais influências, com altas de 11,6% e 8,8% respectivamente. A intensa fabricação de inseticidas para uso na agricultura,de telas metálicas tecidas, de fios de ferro e aço e de esquadrias de ferro e aço foram os destaques.

No acumulado dos seis primeiros meses do ano, a produção industrial registrou queda de 1,4%. Seis dos 13 setores da indústria pesquisados apresentaram queda.

“A queda no primeiro semestre foi tão grande e o buraco ficou tão fundo que mesmo se o setor recuperar 1% ao mês nós iremos fechar no vermelho”, diz o presidente do Conselho de Política Econômica da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Lincoln Fernandes Gonçalves.
Os impactos negativos mais intensos no semestre foram apurados em metalurgia básica (-6,4%) e veículos automotores (-6,5%) e na metalurgia básica (-2,9%). Entre os produtos que registraram queda de volume estão lingotes, blocos ou placas de aços de carbono, bobinas a frio de aços ao carbono, automóveis e veículos para transporte e minérios de ferro.

Apesar da queda, o vice-presidente da Fiemg, Petrônio Zica, afirma que a tendência é de melhora, ainda que no médio prazo. A retomada, segundo ele, será reflexo dos incentivos do governo federal. “A redução da Selic já refletiu na taxa de juros para financiamentos à indústria. Hoje, conseguimos taxas melhores. Podiam ser ainda melhores, mas já é um começo”, afirma.

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