Média diária de exportações cai da 3ª para 4ª semana de agosto

Célia Froufe
27/08/2012 às 16:12.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:47

A média diária das exportações brasileiras caiu 2% na quarta semana de agosto na comparação com a obtida no mês até a terceira, passando de US$ 980,7 milhões para US$ 960,8 milhões no período. Já a média das importações subiu 8% nessa base de comparação, passando de US$ 816,8 milhões para US$ 882,4 milhões no período. De acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (27) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a queda da média das vendas externas deve-se basicamente ao comportamento dos produtos manufaturados.

Na média acumulada até a terceira semana para a vista na quarta, as exportações desses itens caíram 8,5%, saindo de US$ 358,5 milhões para US$ 328,2 milhões. Destaque para a menor venda de óleos combustíveis, aviões, etanol, polímeros plásticos, laminados planos de ferro ou aço, automóveis de passageiros e bombas e compressores. Os produtos básicos também apresentaram retração de 1,1% no período, saindo de US$ 484,7 milhões para US$ 479,4 milhões. O MDIC apontou que o principal responsável por essa diminuição foi o declínio das vendas de petróleo.

Os itens semimanufaturados foram os únicos a apresentar aumento nessa base de comparação. O saldo subiu 9,3%, passando de US$ 120,3 milhões até a terceira semana de agosto para US$ 131,5 milhões na quarta. Destaque para açúcar em bruto, celulose, ouro em forma semimanufaturada e borracha sintética/artificial. Já as importações, conforme o Ministério, foram beneficiadas pelo aumento nos gastos com equipamentos mecânicos, aparelhos eletroeletrônicos, veículos automóveis e partes, químicos orgânicos/inorgânicos, plásticos e obras, siderúrgicos e farmacêuticos.

Comparação mensal 

O MDIC detectou uma queda da média diária das exportações brasileiras até a quarta semana de agosto. Nesse período, a média de US$ 975,2 milhões ficou 14,3% menor do que a vista em todo o mês de agosto do ano passado, de US$ 1,137 bilhão. Até a terceira semana deste mês, nessa base de comparação, o recuo era de 13,8%.

Conforme o ministério, houve diminuição nas três categoria de produtos. Os itens semimanufaturados foram os que mais recuaram (27,9%), saindo de US$ 171,1 milhões para US$ 123,4 milhões nessa base de comparação. O MDIC atribuiu a baixa principalmente por conta de itens como ouro, ferro fundido, açúcar em bruto, ferro e aço, celulose e alumínio em bruto. A queda dos produtos básicos foi de 13,0%, de US$ 555,1 milhões para US$ 483,2 milhões, influenciada por minério de ferro, café em grãos, soja em grão, carne de frango e algodão em bruto.

Já os manufaturados registraram redução de 10%, ao saírem de US$ 389,1 milhões para US$ 350,1 milhões. Os principais responsáveis foram açúcar refinado, automóveis de passageiros, máquinas para terraplenagem, parte de motores para veículos, motores para automóveis, veículos de carga e aviões.

A média diária das importações até a quarta semana de agosto, de US$ 835,1 milhões ficou 13,7% abaixo da média verificada no mesmo mês do ano passado, de US$ 968,1 milhões. Segundo o MDIC, diminuíram os gastos, principalmente, com combustíveis e lubrificantes (-47,6%), instrumentos de ótica e precisão (-16,6%), borracha e obras (-14,1%), equipamentos mecânicos (-13,6%), produtos farmacêuticos (-11,3%) e plásticos e obras (-10,5%).

Já a média diária das exportações até a quarta semana de agosto na comparação com a de julho subiu 2,1%, passando de US$ 954,7 milhões para US$ 975,2 milhões. O principal impulso veio de produtos básicos, que subiram 6,4% no período, passando de US$ 454,2 milhões para US$ 483,2 milhões. Os manufaturados também cresceram nessa base de comparação (2,1%), saindo de US$ 342,8 milhões para US$ 350,1 milhões. Os itens semimanufaturados, no entanto, registraram queda de 10,8%, de US$ 138,4 milhões para US$ 123,4 milhões.

Ainda nessa base de comparação, a média diária das importações foi 1,4% superior a julho (US$ 823,9 milhões). Destaque para adubos e fertilizantes (+52,7%), cereais e produtos de moagem (+37,1%), farmacêuticos (+29,5%), químicos diversos (+25,7%), filamentos e fibras sintéticas/artificiais (+22,3%), químicos orgânicos/inorgânicos (+21,1%) e veículos automóveis e partes (+7,5%).
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