Maia minimiza placar apertado e diz que haverá quórum para votação de reformas

Estadão Conteúdo
23/03/2017 às 13:39.
Atualizado em 15/11/2021 às 13:51
 (Sidney Lins/ Liderança do DEM)

(Sidney Lins/ Liderança do DEM)

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), minimizou nesta quinta-feira (23) o placar apertado da votação do projeto de lei que permite terceirização irrestrita em empresas privadas e no serviço público. Ele disse ter certeza que, na reforma trabalhista, próxima grande votação de interesse do Executivo na Casa, o governo conseguirá alcançar quórum suficiente para aprovar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), como a da reforma da previdência.

O projeto da terceirização, que era apoiado pelo Palácio do Planalto, foi aprovado na noite dessa quarta-feira (22) por 231 votos favoráveis e 188 contrários. Houve ainda oito abstenções. Rodrigo Maia estava na sessão plenária, mas só poderia votar em caso de empate. O número de votos favoráveis é menor do que os 308 necessários para aprovar uma PEC como a da Previdência - , tema que enfrenta resistência ainda maior no Congresso Nacional.

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Em entrevista nesta quinta-feira, Maia comparou o desempenho do governo à temporada de um time de futebol. "Estamos que nem início de temporada de futebol. Tem a pré-temporada. Você organiza seu time, contrata os jogadores, organiza o seu plantel, treina e aí você faz o primeiro jogo. É claro que o primeiro jogo, depois da pré-temporada, não é igual a quando começa o campeonato brasileiro", disse.

"Então, a qualidade das nossas votações, o apoio, o convencimento que a base vai dar, e aqueles que acreditam que o Brasil precisa ser reformado, vai crescer. Tenho certeza que, na reforma trabalhista, vamos caminhar com resultado de quórum constitucional e tenho certeza que, na reforma da previdência, com essa força que as reformas do Brasil vêm ganhando a cada dia, teremos resultado que vai mudar a história do Brasil", acrescentou.

Traições
Na votação desta quarta, o governo enfrentou resistência não só na oposição, como na própria base aliada. Partido do presidente Michel Temer, o PMDB teve 10 votos contrários à terceirização irrestrita, dos 44 deputados do partido que participaram da votação. Um dos principais aliados do governo, o PSDB deu 11 votos contrários ao projeto, de 43 votantes. No PSB e PR, 10 deputados votaram contra a proposta em cada um dos partidos.


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