Menos 49 mil vagas de trabalho em Minas de janeiro a setembro

Tatiana Lagôa
tlagoa@hojeemdia.com.br
26/10/2016 às 20:02.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:24

A crise econômica levou ao fechamento de 49.292 postos de trabalho em Minas Gerais entre janeiro e setembro deste ano. Com essa diferença negativa entre os contratados e os demitidos no período, o Estado ficou com 1,22% vagas a menos do que o mesmo período do ano passado.

Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Em 12 meses, as demissões superaram as contratações em 159.314 vagas no estado.
Segundo o levantamento, apenas no mês de setembro foram fechadas 16.238 vagas frente a agosto. A queda nessa base de comparação reflete, principalmente, o fim da safra do café.

Na base mensal, a agropecuária fechou 15.542 vagas. Segundo a analista de agronegócio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Ana Carolina Gomes, a safra de café vai de maio a setembro. Por isso, boa parte da mão de obra contratada para a colheita é demitida no nono mês do ano. Outra cultura que, segundo a especialista, pesou sobre o resultado foi a de cana-de-açúcar, que também começa a demitir no mesmo mês.

A construção civil foi outro setor que apresentou desempenho negativo no mês de setembro, com uma redução de 1.770 vagas em Minas Gerais. O comércio teve uma retração de 1.234 vagas e a extrativa mineral de 148. O setor de serviços teve desempenho positivo de 2.516 postos de trabalho.

Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, o saldo ficou negativo em 1.720 vagas em setembro frente a agosto. O saldo anual ficou negativo em 51.044, e o de 12 meses, em 87.001.

Resultados do país

Nacionalmente, a quantidade de demissões superou as contratações em 39,3 mil em setembro. Esse foi o 18º mês consecutivo em que o país demitiu mais trabalhadores do que contratou.

Apesar do resultado negativo, o saldo foi melhor que o registrado em setembro de 2015, quando as demissões superaram as contratações em 95,6 mil – o pior resultado para o mês na série histórica do Ministério do Trabalho, que tem início em 1992.
A construção civil foi o setor que mais fechou vagas formais no mês passado. O saldo no setor foi negativo em 27.591. O segmento de serviços também teve forte fechamento de postos, com saldo negativo de 15.144. O resultado líquido também foi de demissões na agropecuária (-8.198 vagas); indústria extrativa mineral (-692 postos); serviços industriais de utilidade pública (-515 postos) e administração pública (-448 postos).

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