Passagem aérea dispara 13,62%, aponta Fipe

Denise Abarca
11/12/2012 às 15:21.
Atualizado em 21/11/2021 às 19:21

Despesas Pessoais foi o grupo que teve a maior participação dentro da inflação de 0,70% apurada pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) na primeira quadrissemana de dezembro. Com alta de 1,84%, esta classe de despesa respondeu por 31,31%, ou 0,21 ponto porcentual (na variação ponderada), do IPC do período. "Estes preços subiram mais que o esperado", disse na manhã desta terça-feira, durante entrevista à Agência Estado na sede da Fipe, o coordenador do IPC, Rafael Costa Lima, cuja previsão para o grupo era de alta de 1,55%.

O principal item a pressionar individualmente não somente tal conjunto de preços, mas também o IPC como um todo, foi Passagem Aérea, que saiu de uma elevação de 10,87% no fechamento de novembro para 13,62% na primeira quadrissemana de dezembro, liderando o ranking de aumentos dos itens que mais contribuíram para a inflação. Passagem Aérea também ajudou a pressionar outro item: Viagem (Excursão), que avançou 5,80% e ficou em segundo lugar naquele ranking. Ambos favoreceram a alta de 3,58% para o subgrupo Recreação e Cultura.

Segundo Costa Lima, os preços das tarifas aéreas continuam avançando nas pesquisas de ponta (semanais) da Fipe, o que sugere que Despesas Pessoais devem manter a inflação pressionada nas próximas leituras do IPC. "Andar de avião está mais caro por causa do aumento do preço do querosene, que subiu já há algum tempo mas as empresas conseguiram repassar só agora com o aumento da demanda", disse o coordenador, lembrando que o consumo desses serviços normalmente aumenta com a proximidade das festas de fim de ano e do período de férias. Outros motivos que podem ter reforçado o impacto deste movimento sazonal em 2012, segundo a Fipe, são o fim da WebJet e o câmbio mais depreciado.

De acordo com a Fundação, o item passagem aérea em 12 meses até novembro acumula avanço de 7,62% e em 2012, até aquele mês, queda de 0,02%, marcas que devem ser superadas no fechamento de dezembro, pois somente na primeira quadrissemana o houve aumento de 13,62%.
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