Planejamento: País só conseguirá voltar ao equilíbrio orçamentário em 2019

Estadão Conteúdo
Hoje em Dia - Belo Horizonte
27/10/2016 às 19:39.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:24
Com isso, o indicador acumula taxa de inflação de 3,01% em 12 meses (Reprodução)

Com isso, o indicador acumula taxa de inflação de 3,01% em 12 meses (Reprodução)

Mesmo com a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que limita o crescimento dos gastos públicos e outras ações, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, avalia que o Brasil só voltará a ter equilíbrio nas contas públicas em 2019. Diante da situação, o ministro ressaltou a importância de medidas para o controle das despesas e exaltou a necessidade de aprovação do projeto de lei com igual conteúdo da Medida Provisória 739, que dá respaldo ao pente-fino nos benefícios por incapacidade pagos pela Previdência, cujo texto deve perder a validade na próxima semana.

"Estimamos que só conseguiremos voltar ao equilíbrio orçamentário em 2019. Para 2017 e 2018, nós lamentavelmente teremos de conviver com déficits públicos. Por isso, estamos realizando um amplo programa de revisão das políticas públicas. Um exemplo é a verificação do auxílio-doença", disse Oliveira. Esse processo de verificação começou com 10 mil beneficiários e, após esse pente-fino, foram cortados os pagamentos para 8 mil pessoas, disse o ministro. "Isso quer dizer que em 80% não estavam mais em condição de receber o auxílio-doença".

Oliveira reconhece que esse grande porcentual de queda do gasto não deve permanecer com o avanço do programa. "Estimamos que até o final do ano esse porcentual deve cair um pouco e ficará em torno de 50%. Essa é uma despesa de R$ 13 bilhões. Então, a verificação do auxílio-doença pode fazer a despesa cair entre R$ 6 bilhões e R$ 7 bilhões".

A verificação dos auxílios é respaldada legalmente pela MP 739. As negociações para a votação no Congresso, porém, fracassaram e o texto deve perder a validade em 4 de novembro. Por isso, o governo já articula o envio de um projeto de lei com igual conteúdo. Oliveira demonstra otimismo. "Eu tenho certeza que o projeto de lei será aprovado muito rapidamente no Congresso de modo a não prejudicar o processo. Essa medida tem relevância muito elevada para redução de despesas", disse o ministro, que está confiante na compreensão dos parlamentares sobre a importância da medida.

Leia mais:
Brasileiro trabalha cinco meses só para pagar impostos
Movimentação financeira na Rouanet passará a ser por cartão de crédito, diz ministro
Às vésperas de greve geral na Venezuela, Maduro eleva salário mínimo em 40%
Para Brasil voltar a crescer, governo tem que fazer dever de casa, diz Meirelles 

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por