Produtor do Norte de Minas pode renegociar dívida por causa da seca

Tatiana Moraes - Do Hoje em Dia
19/01/2013 às 08:30.
Atualizado em 21/11/2021 às 20:47
 (Frederico Haikal)

(Frederico Haikal)

Os agricultores do Norte de Minas que financiaram a safra 2011/2012 junto ao Banco do Nordeste e registraram perdas iguais ou superiores a 30% em decorrência da estiagem podem renegociar as dívidas em até cinco anos. O benefício é válido para produtores rurais de todos os portes, mas exclui a agroindústria. Aqueles que pediram financiamentos para safras anteriores terão um ano para a renegociação. O prazo para formalizar o interesse vai até 31 de março.

A medida é extensiva à região Nordeste do país e ao Espírito Santo, áreas de atuação do banco. “Nossa intenção é atingir os clientes que estão inadimplentes”, afirma o gerente-executivo do Banco do Nordeste, Edilson Câmara. Cerca de 650 mil clientes podem ser beneficiados pela renegociação. Destes, 69.283 estão no Norte de Minas Gerais e no Espírito Santo.

Laudo

Os produtores agrícolas que tiverem interesse em renegociar a dívida devem protocolar a intenção no banco.

Para comprovar que os prejuízos chegaram a 30% do financiamento e foram decorrentes, exclusivamente, da seca pela qual passa a região, o cliente pode procurar um dos escritórios da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater).

“A maioria dos projetos de produção dos clientes foi elaborado por técnicos do Emater. Eles mesmos podem fazer o laudo que comprova o prejuízo”, detalha Câmara.

Nas cidades onde não há escritórios da Emater instalados, ou nos casos em que o projeto de produção agrícola foi elaborado por outro órgão, o cliente inadimplente pode solicitar o laudo a um engenheiro agrícola. Neste caso, o profissional deve ser certificado pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea).

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