Renda de trabalhador rural cresce 8,27% ao ano entre 2003 e 2009

Venceslau Borlina - Folhapress
22/11/2012 às 23:09.
Atualizado em 21/11/2021 às 18:32

RIO DE JANEIRO - A renda per capita do trabalhador rural cresceu 8,27% ao ano entre 2003 e 2009, aponta pesquisa do Ministério de Desenvolvimento Agrário divulgado nesta quinta-feira (22), no Rio. Uma das causas pode estar relacionada à concessão de aposentadorias e complementos de renda como o Bolsa Família.

O trabalhador rural mediano é classificado numa escala de dez a cem. Quanto mais próximo de 10, mais pobre o trabalhador, e quanto mais perto de 100, melhor financeiramente o lavrador. O mediano varia de 30 a 80.

De acordo com o levantamento, a renda domiciliar per capita da PNAD (Pesquisa Nacional de Amostragem Domiciliar) Rural em comparação com o PIB (Produto Interno Bruto) agropecuário cresceu 36 pontos percentuais de 2003 a 2009, alcançando R$ 157,41.

O estudo apontou ainda que, no período, 3,7 milhões de brasileiros residentes em áreas rurais passaram a integrar a nova classe média brasileira. Em 2003, esse segmento atingia 20,6% da população rural e em 2009 passou para 35,4%, totalizando 9,1 milhões de pessoas. Atualmente, cerca de 15% da população brasileira reside na zona rural.

Segundo o ministro do Desenvolvimento Agrário, Gilberto José Spier Vargas (Pepe Vargas), a pesquisa poderá nortear políticas públicas para o setor rural e o trabalhador, de forma a garantir maior desenvolvimento e investimentos. No Rio, o ministro participa da 9ª Feira Nacional da Agricultura Familiar e Reforma Agrária.

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) também divulgou dados de uma pesquisa que apontou que as despesas per capita com alimentação caíram, em média, 6,8% no Brasil de 2003 a 2009 (de R$ 443 para R$ 413 por mês).

Na pesquisa, o brasileiro também apontou que está comendo mais. Em 2003, 14,9% da população afirmou que a quantidade de alimento consumido por sua família não era suficiente. Em 2009, a taxa caiu para 9,8%. A taxa de alimentos raramente consumidos também caiu no período para 13,7%. Antes, era de 17,9%.

"O aumento da renda da população brasileira e a queda nas despesas com alimentação apontam que as pessoas estão gastando mais em outros itens menos básicos. A pesquisa também aponta aumento da segurança alimentar dos brasileiros", disse o presidente do Ipea, Marcelo Côrtes Neri.

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