RIO DE JANEIRO - Inscrita para participar do primeiro leilão do pré-sal, a Shell anunciou nesta quarta-feira (2) que começou a produzir petróleo na fase 2 do Parque das Conchas, na bacia de Campos (BC-10), projetando uma produção diária de 35 mil barris da commodity no auge do campo.
Na fase 1, o Parque das Conchas (BC-10), que reúne os campos de Ostra, Abalone e Argonauta B Oeste e Argonauta O Norte, chegou a produzir 90 mil barris diários (2010), mas com o declínio natural dos poços produtores hoje produz cerca de 35 mil barris.
O óleo produzido no local é bastante pesado, com 16 graus API, uma escala internacional de classificação da qualidade da commodity que indica que quanto mais perto de 50 o óleo é mais leve, ou seja, mais valioso no mercado por ser de mais fácil refino.
O Parque das Conchas é operado pela Shell, com 50% de participação; e tem como sócias a Petrobras, com 35%, e a indiana ONGC, também inscrita para o leilão do pré-sal, com 15%. O primeiro óleo do Parque das Conchas foi extraído em 2009.
A fase 2 interligou um quarto reservatório à embarcação Argonauta O-Norte, localizado no campo Argonauta. Durante o desenvolvimento submarino da Fase 2, a Shell instalou um sistema sísmico de monitoramento 4D (quarta dimensão) cobrindo toda a extensão do campo, o que, segundo a empresa, "permitirá o acompanhamento mais eficiente do comportamento dos fluidos dentro do reservatório."
Segundo na Shell, esta é a instalação mais profunda dessa tecnologia no mundo com cobertura total do campo (aproximadamente 1.800 metros).
Em julho, a Shell informou que vai implementar uma Fase 3 do campo, que vai desenvolver os reservatórios de Massa e Argonauta-Sul, acrescentando no pico 28 mil barris diários de petróleo à produção no Brasil.