(André Brant)
No primeiro dia de proibição de venda das sacolinhas biodegradáveis pelo Ministério Público, na última quarta-feira (1º), alguns supermercados de Belo Horizonte, de redes populares, optaram por agradar ao consumidor e distribuir a embalagem de graça. Já os grandes resistem à gratuidade, e muitos clientes, pegos de surpresa, acabaram tendo que comprar sacolas retornáveis ou equilibrar as compras nos braços.
Nas lojas do Supermercados BH, o cliente desprevenido ganha, pelo menos por enquanto, sacolas compostáveis para acomodar as mercadorias. Nas compras acima de R$ 50, o consumidor ainda recebe como brinde uma sacola retornável. “É constrangedor não ter como carregar os produtos. Por isso, optamos pela doação. A ideia é tratar bem a clientela”, disse um supervisor da rede. Boa estratégia: a professora Raquel Simão, que esqueceu de levar a sacola retornável, acabou ganhando sacolinhas compostáveis. “Foi uma comodidade e um alívio”, disse.
A gratuidade das sacolas compostáveis também é um diferencial do Comercial Jatama, pertencente à rede Super Varejista. “Não deixamos as sacolinhas em cima do caixa, mas fornecemos a quem nos pede. Não queremos incentivar o velho hábito, mas facilitar a vida do cliente que vier sem a sua sacola”, contou o gerente Paulo Brum.
A universitária Juliana Fernandes, que na última quarta-feira (1º) foi a uma grande rede que não fornecia as sacolinhas, se empolgou e teve dificuldade para levar tudo para a despensa. Acabou comprando três sacolas retornáveis, por quase R$ 7 cada. Ainda assim, sobrou para o colo e as mãos.
“Já que vendem os produtos, deveriam fornecer as sacolas”, reclamou.