Tributos triplicam preço de carro importado, diz Abeiva

Gustavo Porto
14/08/2012 às 15:09.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:27

O presidente da Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva), Flavio Padovan, rebateu o artigo da revista Forbes, publicado na semana passada, que critica o alto preço dos veículos no Brasil. Segundo Padovan, um veículo hipotético importado por um preço de R$ 100 mil no exterior chega ao consumidor por um valor estimado de R$ 340 mil, ou seja, mais do que o triplo. Grande parte da alta, segundo ele, vem da tributação, pois sobre o modelo incidem 35% de Imposto de Importação, 3% de despesas aduaneiras, 54% de ICMS e PIS/Cofins e outros 55% de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

"O jornalista que escreveu isso certamente não conhece a carga tributária que incide sobre o veículo", disse Padovan. Dados da Abeiva no cálculo para chegar ao preço hipotético apontam margens de 7,5% às importadoras e outros 10% às concessionárias, que não estão sendo aplicadas, de acordo com o executivo, por conta da crise das importadoras. Desde abril, o governo ampliou a alíquota o IPI sobre os automóveis importados em 30 pontos porcentuais e a Abeiva negocia uma cota de veículos que possam ser importados com a alíquota anterior.

No artigo da versão online da revista norte-americana, assinada pelo jornalista Kennet Rapoza, a Forbes usa como exemplo um Jeep Grand Cherokee e classifica de "ridículo" o preço de R$ 179 mil pago no Brasil pelo modelo, enquanto nos Estados Unidos o carro sai por aproximadamente R$ 57 mil.
http://www.estadao.com.br

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