No segundo pronunciamento em cadeia nacional, às 15h, o presidente Michel Temer anunciou que sua equipe está entrando com pedido de suspensão do inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) que o investiga por corrupção e obstrução de Justiça. Segundo ele, sua decisão é baseada em reportagem publicada neste sábado pelo jornal Folha de São Paulo, em que peritos afirmam que houve cortes no áudio gravado pelo empresário Joesley Batista, do Grupo JBS. Temer alegou que quer a apuração da autenticidade do áudio.
"O Joesley continua solto e especula com a moeda nacional. Comprou um milhão de dólares sabendo que o câmbio seria mudado, fazendo com que a JBS lucraria milhões e milhões em menos de 24 horas depois de obter empréstimos do BNDES", disse Temer. Segundo o presidente, o áudio mostra que Joesley estava insatisfeiro com o seu governo, "mas na sua delação ele mesmo mostra que o Cade não atendeu a seus pedidos. O BNDES mudou e sua presidente, Maria Sílvia, pôs ordem na casa", acentuou Temer. "Estamos acabando com os velhos tempos, quebraram o Brasil e ficaram ricos. Nada fiz para que ele tivesse as benesses do governo", acrescentou.
Michel Temer disse, ainda, que "houve falso testemunho junto à Justiça, inclusive com palavras chulas. A conexão de uma sentença não mostra coerência. Não acreditei na narrativa do conhecido falastrão", afirmou. O presidente afirma que "houve um grande planejamento para a confecção do grampo telefônico, enquanto os criminosos fugiam para o exterior".
O presidente disse que seu governo está completando as reformas para modernizar as instituições brasileiras. "Houve mais de 50 edições do áudio gravado para invalidar o país", finalizou.