Em dia de protestos em BH e pelo país, Lula decide não se entregar e negocia rendição

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
06/04/2018 às 22:06.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:13
 (ALICE VERGUEIRO/ESTADÃO CONTEÚDO)

(ALICE VERGUEIRO/ESTADÃO CONTEÚDO)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu nesta sexta-feira (6) não se entregar à Polícia Federal, em Curitiba, após a expedição da ordem de prisão pelo juiz federal Sérgio Moro, feita na última quinta-feira. O magistrado havia determinado que o petista se apresentasse voluntariamente até as 17 horas desta sexta, para início do cumprimento da pena por corrupção e lavagem de dinheiro no processo do tríplex do Guarujá. Até o fechamento desta edição, equipes da Polícia Federal e assessores de Lula negociavam a rendição.

A cúpula da Segurança Pública de São Paulo teria sido informada por fontes próximas do ex-presidente que ele se entregará neste sábado, em São Paulo, após a missa em homenagem à mulher dele, Marisa Letícia, que completaria 68 anos neste sábado (7). Durante todo esta sexta ocorreram manifestações em Belo Horizonte e em vários estados em apoio ao petistas. Várias rodoviárias foram bloqueadas por integrantes do Movimento dos Sem Terra.

A defesa de Lula chegou a entrar com um pedido de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para tentar impedir a prisão do petista, mas o ministro Felix Fischer negou a solicitação. Ainda na noite desta sexta, um novo recurso havia sido impetrado no Supremo Tribunal Federal, cuja relatoria seria feita pelo ministro Edson Facchin.

A assessoria da 13ª Vara da Justiça Federal em Curitiba, na qual despacha o juiz Sérgio Moro, esclareceu que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva “não descumpriu ordem judicial” ao não se entregar à Polícia Federal. O período concedido por Moro era um “prazo de oportunidade” em virtude do cargo ocupado pelo petista. Cabe agora à PF as tratativas de cumprimento da ordem, reforçou a assessoria.

Em Belo Horizonte, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) jogaram tinta vermelha no prédio em que a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, mantém apartamento no bairro Santo Agostinho, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Um vídeo com os integrantes do movimento em frente do prédio foi divulgado nas redes sociais.

Conforme o coordenador do MST em Minas, Silvio Netto, o protesto foi uma forma de mostrar que os trabalhadores estão dispostos a lutar. “Cármen Lúcia se tornou a inimiga número um dos mineiros”, disse. Segundo o movimento, cerca de 450 sem-terra participaram da manifestação.

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