Embate na Câmara de BH chega à Corregedoria

Fábio Corrêa
fcaraujo@hojeemdia.com.br
20/03/2018 às 18:10.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:57
 (Editoria de Arte)

(Editoria de Arte)

A Corregedoria da Câmara Municipal de Belo Horizonte vai analisar denúncia apresentada pelo vereador Jair di Gregório (PP) contra Gabriel Azevedo (PHS) por suposta quebra de decoro parlamentar. O presidente da Casa, Henrique Braga (PSDB), remeteu ao corregedor, Reinaldo Preto Sacolão (MDB), a denúncia para providências. A queixa pode resultar em punições como advertência formal, suspensão por 60 dias e até cassação do vereador do PHS, se for aprovada pelos demais pares.

 Abraao Bruck - CMBH 2/3/2017

Vereador Jair de Gregório diz que colega cometeu ato de improbidade e atacou honra da família

Na justificativa, Jair di Gregório afirma que Gabriel Azevedo utiliza o mandato de vereador para a “prática de ato de corrupção ou de improbidade administrativa” e procede de “modo incompatível com a dignidade” da Casa. “Ele utilizou o plenário Amintas para atacar a honra de colega e de sua família. Também atacou um secretário de primeiro escalão, o Daniel (Nepomuceno)”, afirmou. Karoline BarretoGabriel Azevedo afirma que pediu ao Ministério Público Estadual para apurar o caso

Na denúncia a que o Hoje em Dia teve acesso, Jair di Gregório anexou imagens de mensagens de WhatsApp, supostamente enviadas por torcedores do Atlético, que mostrariam ameaças sofridas pelo filho dele, citado por Gabriel Azevedo em gravação telefônica com o secretário Municipal de Desenvolvimento, Daniel Nepomuceno. 

Segundo o vereador do PP, a denúncia ainda precisa ser submetida à procuradoria da Câmara, que enviará um parecer ao corregedor. “Depois, se o corregedor aceitar a denúncia, será instituída uma comissão, aí vai para plenário. Isso tudo em mais ou menos 60 dias”, diz.

A assessoria do corregedor informou que só irá se manifestar quando a denúncia for recebida formalmente, o que ainda não ocorreu. A Mesa Diretora se reúne às 14h de hoje e deve discutir o caso. 

Clima quente
A briga entre os dois parlamentares esquentou, na última semana, com o vazamento de áudio do telefonema entre o vereador do PHS e o secretário Daniel Nepomuceno, ex-presidente do Atlético. 

Na conversa, Gabriel Azevedo afirma que o prefeito Alexandre Kalil teria colocado o filho de Jair di Gregório, Jairzinho, para treinar na base do clube em troca do apoio parlamentar. 

Em função disso, diz Jair di Gregório, o jovem estaria recebendo ameaças de torcedores, que foram anexadas ao processo, assim como áudios da ligação entre Gabriel Azevedo e Daniel Nepomuceno. 

Ontem, Gabriel Azevedo preferiu não comentar a denúncia. “Não vou ficar numa briga de versões, até porque a cidade precisa trabalhar”, justificou, acrescentando que levou as gravações contra Jair di Gregório ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). 

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