O índice de inadimplência voltou a recuar pelo segundo mês consecutivo em Belo Horizonte. Segundo dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Federação do Comércio de Minas Gerais (Fecomércio), o percentual caiu de 27% em maio para 26,1% em junho. 

O levantamento, feito com base em dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) aponta o número de famílias que possuem contas ou dívidas em atraso, contraídas com cheques pré-datados, cartões de crédito, carnês de lojas, empréstimos pessoais, aquisição de imóvel e prestações de carro e seguros.

A pesquisa aponta também que 13,9% do total de consumidores não terão condições de quitar os compromissos financeiros vencidos até o próximo mês. Em média, as dívidas estão atrasadas há 72 dias e comprometem 30% do orçamento mensal.

O endividamento na capital mineira, que retrata o comprometimento da renda com financiamentos, incluindo cartões e empréstimos, mantém trajetória de queda desde novembro do ano passado. No mês passado, o indicador ficou estável em 60,7%, o menor patamar registrado neste ano. No mesmo mês de 2017, estava em 67,3%.

Segundo Guilherme Almeida, economista da Fecomércio, a pesquisa indica uma desaceleração do ritmo de consumo, principalmente em função das incertezas tanto no cenário econômico quanto político. “As famílias preferem manter a cautela e adiar as compras, especialmente de produtos que representem um comprometimento maior do orçamento com parcelas”, avalia.

O levantamento mostra também que o cartão de crédito continuou sendo o principal compromisso financeiro dos belo-horizontinos. Em junho, 79,4% das famílias afirmaram ter dívidas nessa modalidade. Em seguida, aparecem financiamento de carro (19,8%), crédito pessoal (11,7%) e carnês diversos (10,5%).

 

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