(Miguel Medina)
O Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pelos ataques terroristas que mataram 127 pessoas em Paris, dizendo que foi uma retaliação aos ataques aéreos franceses à Síria e ao Iraque, em uma declaração publicada em redes sociais. A autenticidade da declaração do grupo não pôde ser confirmada até o momento.
A França é um membro da coalizão liderada pelos Estados Unidos que tem como alvo unidades do Estado Islâmico no Iraque.
Neste sábado, o presidente francês, François Hollande, considerou os ataques um "ato de guerra" e atribuiu a autoria ao grupo.
Hamas e Jihad Islâmica condenam ataques do Estado Islâmico em Paris
Os movimentos palestinos Hamas, no poder na Faixa de Gaza, e Jihad Islâmica condenaram hoje (14) os atentados de ontem (13) à noite em Paris. Os ataques foram reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico.
Bassem Naim, chefe do conselho para as relações internacionais do Hamas, condenou os “atos de agressão e barbárie” e manifestou a expectativa da França poder regressar “à paz e à estabilidade”.
Nafez Azzam, membro da Comissão Política da Jihad Islâmica, condenou um “crime contra inocentes” e uma “mensagem de ódio”, lembrando que “o Islã recusa matanças indiscriminadas”. A Jihad Islâmica tem como objetivo a criação de um Estado palestino islâmico e a destruição de Israel e é baseada na capital da Síria, Damasco.
Tanto o Hamas como a Jihad Islâmica são considerados organizações terroristas por Israel, União Europeia e Estados Unidos e têm sido frequentemente comparados pelo primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ao Estado Islâmico.
Os terroristas do Estado Islâmico que atacaram uma sala de concertos, um estádio de futebol e restaurantes do centro da capital francesa fizeram pelo menos 128 mortos e 300 feridos.