(Flávio Tavares/Hoje em Dia)
No auditório lotado, com cerca de 500 estudantes do ensino médio do Colégio Batista Mineiro, candidatos à PBH foram bombardeados com perguntas sobre mobilidade, segurança, educação, emprego, diversidade sexual e aborto.
Ligado a movimentos religiosos, Eros Biondini (PROS) foi questionado por ser favorável a projetos de lei que criminalizam o aborto mesmo em caso de estupro. “Se no Brasil não tem pena de morte nem para monstros que estupram, como poderá ter pena de morte para um neném de cinco meses que está na barriga da mãe?”, rebateu.
O petista Reginaldo Lopes foi indagado sobre promessas de ampliação do metrô da capital. A obra não é de responsabilidade da prefeitura. “A liderança do prefeito pode ajudar na questão do metrô. Essa deve ser uma responsabilidade conjunta da prefeitura com o Estado e a União”, justificou.
O debate realizado na manhã de ontem durou cerca de três horas e foi assistido por mais de quatro mil pessoas nas redes sociais do colégio. Os candidatos também puderam fazer perguntas para os concorrentes.
Dos 11 postulantes à chefia do Executivo municipal, apenas Luis Tibé (PTdoB) não compareceu. João Leite (PSDB) deixou o evento logo após a abertura, sendo substituído pelo vice, Ronaldo Gontijo (PPS).
Até mesmo o game que é febre entre os jovens foi citado. “A vida é mais do que caçar Pokémons”, destacou a candidata Maria da Consolação (PSOL) ao abordar a importância da participação dos jovens na política.
Embates
Durante a fase de perguntas entre candidatos, Alexandre Kalil (PHS) criticou as promessas de obras feitas por Délio Malheiros (PSB). “Vocês não vão fazer nada disso. É papo furado. Nem a ciclovia foi feita”.
Questionado sobre o que os alunos chamaram de abandono do Parque Municipal, Délio Malheiros avaliou que o local está bem cuidado e que, no futuro, a intenção é tirar as grades do parque da região central da cidade.
Sargento Rodrigues (PDT) foi questionado pelo candidato a vice na chapa de Biondini, Wallace Brandão, sobre a real necessidade de aumentar o efetivo de policiais nas ruas. “É a primeira vez na vida que me deparo com esse tipo de questionamento”, afirmou. “Vamos fazer uma revolução na segurança por meio do esporte e aumentar o efetivo da guarda municipal em 50%”, completou.