Evite levar 'gato por lebre' no Feirão Caixa da Casa Própria, que começa nesta sexta-feira (3)

Tatiana Moraes
tmoraes@hojeemdia.com.br
03/06/2016 às 06:00.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:43
 (Ana Volpe/Agência Senado)

(Ana Volpe/Agência Senado)

Mais de 19 mil imóveis, entre novos e usados, estarão à venda na 12ª edição do Feirão Caixa da Casa Própria, que começa hoje e vai até domingo no Expominas, em Belo Horizonte. Em meio a tantas tentações e oportunidades, o consumidor deve ficar a atento para não levar gato por lebre. Afinal, depois de assinado o contrato de financiamento com o banco, que pode chegar a 35 anos, o acordo deve ser cumprido.

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“No Feirão tem bons negócios. Mas o tempo para avaliá-los é curto. Lá é um local para prospectar muitos imóveis: cinco, seis, sete”, explica o presidente da Associação dos Mutuários e Moradores de Minas Gerais (AMMMG), Sílvio Saldanha.

O ideal, segundo o representante da entidade, é que o interessado vá ao Feirão para conhecer as propostas, mas que a decisão seja tomada fora dele. Após o evento, com a localização dos imóveis em mãos, o consumidor deve visitar as casas e apartamentos para saber se a vizinhança condiz com as necessidades.

“São locais seguros? Têm boa estrutura comercial? O deslocamento para trabalho, escola e outras atividades não será difícil? Todas essas perguntas devem ser feitas”, afirma o presidente da AMMMG. Se possível, a visita deve ser feita pela manhã e, também, à noite.

 

“Conheça os imóveis no Feirão, mas assine contrato fora do evento”Sílvio SaldanhaPresidente da AMMMG

Pode sair caro
O contrato também deve ser analisado por um profissional da área. Saldanha explica que um financiamento de 250 mil para imóvel na planta pode se transformar em 310 mil em três anos de obra com a aplicação do INCC, que gira entre 8% e 8,5% ao ano. Isso significa que, ao final da construção do prédio, a pessoa precisará comprovar renda de R$ 12 mil, além de pagar prestação de R$ 3.500 mensais.

Multa
Caso ela não tenha esses comprovantes (contracheque ou Declaração de Imposto de Renda), o valor da multa prevista em contrato costuma ser de 1% ao mês, mais IGP-M.

“Mas as construtoras não esperam muito, elas acabam rescindindo o contrato e pedindo o imóvel de volta”, diz.

Ele alerta, ainda, que a movimentação bancária nem sempre tem sido aceita como comprovante de renda.

No evento, mais de 60 parceiros da Caixa estarão presentes. Entre eles, cerca de 40 construtoras e 25 correspondentes imobiliários do banco. Além de conhecer os imóveis, é possível simular financiamentos e contratar financiamentos. Para solicitar o crédito para a casa própria no Feirão, é preciso levar documento de identidade, CPF e comprovante de renda.

Na avaliação de Saldanha, devido à recessão econômica, o Feirão é uma oportunidade para barganhar. Afinal, com as vendas estagnadas, as construtoras e imobiliárias têm reduzido os valores iniciais dos imóveis. “As construtoras aceitam, ainda, imóveis usados na troca”, diz.

Confira o vídeo com as dicas do presidente da AMMMG, Sílvio Saldanha

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