Ex-presidente da Câmara de BH e mais sete são alvos de mandados de prisão

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
18/04/2018 às 07:00.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:24
 (Maurício Vieira/Hoje em Dia)

(Maurício Vieira/Hoje em Dia)

Oito mandados de prisão preventiva e sequestro de bens são cumpridos em Belo Horizonte na manhã desta quarta-feira em uma operação do Ministério Público Estadual e da Polícia Civil de Minas Gerais. Entre os suposto envolvidos estão o ex-presidente da Câmara de Vereadores de Belo Horizonte, vereador Wellington Magalhães, a mulher dele, Kelly Magalhães, e o jornalista Márcio Fagundes, ex-superintendente de comunicação da casa.

A operação denominada ‘Sordidum Publicae’ (Política Suja, em latim), da 4º Vara Criminal de Belo Horizonte, atinge também outras cinco pessoas e é um desdobramento da operação ‘Santo de Casa’. Os suspeitos estariam envolvidos em crimes como peculato, fraude em licitação pública, corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica, embaraço a investigações, organização criminosa e lavagem de dinheiro. As penas podem ultrapassar 118 anos.

Wellington Magalhães foi identificado como o líder da organização criminosa que direcionou a licitação para contratação de serviços de publicidade para a Câmara, em favor da empresa MC. COM, causando prejuízo de mais de R$30 milhões aos cofres públicos municipais. Procurado pela reportagem, o gabinete do vereador informou que um posicionamento sobre o assunto seria passado mais tarde pelo assessor de imprensa. Já a assessoria da Câmara Muncipal informou que também deve se pronunciar mais tarde. Os advogados do vereador e do jornalista Márcio Fagundes não foram localizados. 

O suposto líder da organização criminosa e sua esposa foram denunciados pela prática do crime de lavagem de dinheiro, adquirindo bens móveis e imóveis de alto luxo, incluindo suntuosa mansão na orla da Lagoa da Pampulha, casas de alto nível de acabamento em condomínio de luxo na Região Metropolitana de BH, veículos importados de alto luxo, além de viagens internacionais, patrimônio este adquirido com o produto dos crimes antecedentes relacionados nas denúncias.

Todos os bens e serviços, totalizando mais de R$ 4 milhões, teriam sido adquiridos durante seu mandato de vereador e presidente da Câmara de Vereadores de BH, em absoluta desproporção com a única fonte de renda do acusado, constituída pelo subsídio de vereador.

Superintendente de Comunicação

 O Ministério Público de Contas de Minas Gerais informou que tomou conhecimento nesta quarta-feira (18) da Operação Sordidum Publicae e da prisão preventiva do jornalista Márcio Fagundes. Diante da gravidade dos fatos, foi determinada a exoneração do jornalista do cargo em comissão que ocupava no órgão.Nenhum representante do jornalista Márcio Fagundes foi localizado para comentar as denúncias. 


Confira imagens da operação:

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