Faturamento do setor eletroeletrônico deverá cair 7% em Minas Gerais

Tatiana Lagôa
tlagoa@hojeemdia.com.br
28/11/2016 às 19:31.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:51

O setor eletroeletrônico em Minas deverá fechar o ano com uma queda de 7% no faturamento real. Nacionalmente, a retração esperada pelos representantes desse segmento bate os 10%. Os dados foram divulgados em evento ocorrido nesta segunda-feira na Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).

Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato, em Minas Gerais a queda será um pouco menor por causa do perfil das empresas instaladas no Estado mais focadas em atender os setores elétrico e de automação industrial. “Os dois setores estão mais demandantes”, afirma.

Estão sofrendo mais aqueles da indústria elétrica que atendem a área de infraestrutura em função da redução dos investimentos no Brasil. O mau momento se reflete em demissões. No país, o setor fechou 9,2 mil vagas de janeiro a outubro.

O presidente da Fiemg, Olavo Machado Júnior, explica que a valorização desse setor é de extrema importância para o estado. “Um setor de tecnologia de ponta tem que ser considerado, se não vamos importar esses produtos. As empresas de todos os outros setores são potenciais clientes desse”, afirma.

Complexo laboratorial

Por causa disso, a Fiemg vai realizar um investimento de R$ 425 milhões para criação de um complexo laboratorial para realização de testes elétrios em protótipos para as empresas do ramo, em Itajubá, Sul de Minas. A escolha da cidade tem ligação com a localização próxima a São Paulo, Rio de Janeiro e o principal polo do setor em Minas, em Santa Rita de Sapucaí.

Sem oferta desse tipo de serviço suficiente no país, uma vez que existe um laboratório similar no Rio de Janeiro no Brasil, as empresas locais precisam mandar seus produtos para análise no exterior, encarecendo a produção local, segundo a coordenadora do projeto Instituto Senai de Inovação/Centro Empresarial de Desenvolvimento e Inovação da Indústria Elétrico e Eletrônica (ISI/Cediiee), Gilmara de Oliveira Santos. A previsão para o início dos trabalhos no laboratório é o primeiro semestre de 2019.

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