Gávea Angels chega a BH apostando no segmento de startups mineiras

Raul Mariano
rmariano@hojeemdia.com.br
28/09/2016 às 07:59.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:00
 (Gávea Angels/ Divulgação)

(Gávea Angels/ Divulgação)

O mercado mineiro de empresas de tecnologia vai ganhar mais um reforço no mês de novembro. A boutique de investidores Gávea Angels vai inaugurar, em Belo Horizonte, o primeiro escritório fora do Rio de Janeiro.

A proposta da empresa no Estado é basicamente criar pontes para que investidores e empreendedores possam se aproximar para fomentar o ambiente de negócios no segmento das startups.

A presidente do Gávea Angels, Camila Farani, explica que o foco da empresa é que, cada vez mais, potenciais investidores entendam o que é investimento anjo, tornem-se líderes das negociações e, assim, invistam em startups.

“Isso ainda é desafiador de uma certa forma, pois o movimento anjo ainda precisa de mais capaci-tação. Os investimentos, quando realizados, são efetuados individualmente pelos associados após a avaliação das startups nos fóruns que ocorrem, via de regra, bimestralmente”, explica Camila Farani.

De acordo com a executiva, o alvo da empresa em Minas serão investidores, empresários e qualquer pessoa que, na condição de anjo, busque compartilhar avaliações, visão de negócios, aporte financeiro e capital de relacionamento aos empreendedores escolhidos para investir em empresas nascentes de tecnologia.

Parcerias
A empresa não descarta a possibilidade de trabalhar em parcerias com órgãos como o Seed e o BH Tec, que já são núcleos de excelência no segmento tecnológico em Minas. O Startups and Entrepreneurship Ecosystem Development (Seed) é o programa do governo mineiro de incentivo à criação e ao desenvolvimento de startups.

“O Gávea Angels está aberto a qualquer tipo de parceria em Minas e estará presente para contribuir no papel de investir em empreendedores escolhidos por nossos associados. Somos admiradores do trabalho que o Seed exportou para o restante do país”, destaca Camila.

Escolha
A escolha de Minas deu-se, principalmente, porque o Estado está cada vez mais sólido no que se refere à sinergia entre os protagonistas do ecossistema empreendedor.

Segundo Ricardo Carvalho, que comandará o Gávea Angels na capital, Minas é um grande polo de inovação do país. “Um estado com 12 universidades federais e grandes investimentos, como o único centro de inovação do Google fora dos EUA, juntamente com Tel Aviv”.

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A chegada de empresas e investidores do segmento tecnológico ao Estado está diretamente ligada às experiências bem sucedidas realizadas nos últimos anos. Minas tem desempenhado um papel de destaque no cenário nacional com o programa de desenvolvimento do ecossistema de startups (Seed).

Nas duas primeiras edições do Seed, o governo do Estado investiu R$ 9,5 milhões. Para a rodada atual, cerca de R$ 5 milhões serão investidos, de acordo com informações da coordenação do programa.

Além disso, duas das startups que passaram pelas rodadas do Seed já foram adquiridas por empresas americanas ou foram convidadas para programas de aceleração global no exterior.

Segundo a coordenação, empresas parceiras do Seed oferecem, em média, US$ 500 mil em benefícios para as startups aceleradas.


Desenvolvedores mineiros também se destacaram na última edição do Startup Games, competição que incluiu 50 empresas nacionais e internacionais na British House, residência oficial do Reino Unido durante a Rio 2016. De todas as startups selecionadas, 22 são ou foram aceleradas em território mineiro, sendo o maior Estado em número de empresas participantes.

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