Governo anuncia R$ 649 milhões para pesquisas sobre a zika

Estadão Conteúdo
23/03/2016 às 13:33.
Atualizado em 16/11/2021 às 02:36
 (Reprodução)

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Um cronograma de ações divulgado nesta quarta-feira (23) pelo governo federal promete investir R$ 649,1 milhões, nos próximos quatro anos, em pesquisas sobre o vírus da zika e a microcefalia.

As atividades incluem o desenvolvimento de testes diagnósticos e vacinas, o tratamento e a inovação em gestão de serviços de saúde, além de estratégias de combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da zika, além da dengue e da chikungunya.

O anúncio integra as estratégias do Eixo de Desenvolvimento Tecnológico, Educação e Pesquisa do Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes aegypti e à Microcefalia. "É um projeto ambicioso que coloca o Brasil em um patamar de ponta em relação ao mundo todo", disse o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera.

Em seu pronunciamento, a presidente Dilma Rousseff garante que 93% dos recursos prometidos serão aplicados até o fim do seu mandato. "Em 2018", fez questão de frisar.

Edital
O Ministério da Saúde lançou, também nesta quarta-feira (23), um edital para financiar R$ 20 milhões em pesquisas contra o mosquito, nas áreas de controle, diagnóstico, prevenção e tratamento.

O ministro Marcelo Castro informou ainda uma nova fase de um estudo com a bactéria Wolbachia - que, quando presente no organismo do Aedes, impede a transmissão de doenças. Segundo ele, representantes da Fundação Bill Gates virão ao Brasil auxiliar nos próximos passos da pesquisa, que deve contemplar uma localidade maior em área e em população do que a Ilha do Governador (RJ) e o bairro Jurujuba, em Niterói, onde já foram realizados testes-piloto.

"Na prática, estamos fazendo o mesmo que Oswaldo Cruz fez cem anos atrás", disse Castro. "Estamos fazendo o esforço máximo que poderíamos fazer. Investir tudo isso em um período de restrição orçamentária é um atestado desse esforço".

Dilma afirmou que o governo está fazendo uma "busca ativa" das crianças com microcefalia que ainda não estão sendo atendidas. Disse, ainda, que o conhecimento sobre o vírus da zika está "aquém do esperado" e que, por isso, o governo "corre contra o tempo".

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