Governo do Mali denuncia 'prática obscurantista' do apedrejamento

AFP
31/07/2012 às 11:22.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:59

BAMAKO - O governo do Mali denunciou nesta terça-feira (31) o apedrejamento responsável por matar um casal, que vivia junto sem estar casado, na localidade de Aguelhok, no norte do Mali, classificando-a de "prática obscurantista" que não ficará impune.  "O governo se inteirou com indignação e assombro do apedrejamento no qual um casal morreu em Aguelhok pelas mãos dos extremistas que ocupam o norte do Mali", indicou em um comunicado, transmitido à AFP, o ministro da Comunicação.

"Ao mesmo tempo em que expressa sua compaixão com as famílias das vítimas, o governo condena energicamente esta prática obscurantista e assegura que este ato não ficará impune", acrescenta o comunicado. O governo de Mali, do primeiro-ministro Cheikh Modibo Diarra, "reitera sua determinação em seguir fazendo todo o necessário para a rápida libertação das zonas ocupadas no norte do Mali".

O governo "faz um chamado urgente às forças do país, aos organismos subregionais, regionais e internacionais, para que se mobilizem com o objetivo de acelerar o restabelecimento da integridade territorial do Mali".

Islamitas radicais apedrejaram no domingo um casal, por viver junto sem estar casado, na localidade de Aguelhok, no norte do Mali. Trata-se do primeiro caso conhecido realizado nesta região desde sua ocupação total pelos grupos armados islamitas, há
 quatro meses.
    A cidade de Aguelhok está controlada pelo grupo armado Ansar Din, grupo islamita aliado da Al-Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI), que também tem uma forte presença no norte do Mali.
    As três maiores cidades e regiões administrativas do Mali - Timbuctu, Kidal e Gao - que representam mais da metade do território deste imenso país do Sahel, estão ocupados por islamitas armados desde o fim de março.

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