Governo prorroga campanha de vacinação contra sarampo e pólio

Estadão Conteúdo
16/12/2014 às 18:30.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:24

O Ministério da Saúde recomendou a prorrogação da campanha de vacinação contra pólio e sarampo até dia 31. A medida, anunciada nesta terça-feira (16), é adotada diante das baixas taxas de cobertura. Estimativa do Ministério da Saúde mostra que ainda faltam ser vacinadas 1,8 milhão de crianças contra sarampo e 1,5 milhão contra a pólio. Foram imunizados contra pólio até agora o equivalente a 88% do público alvo e 82,9% contra sarampo. O objetivo era vacinar 95% das crianças contra as duas doenças. Esta é a segunda vez que o fim da campanha é adiado.

Até agora, Espírito Santo foi o único Estado a atingir a meta global. Ceará alcançou o objetivo, mas apenas para vacina contra sarampo. A vacina contra pólio é recomendada para crianças entre seis meses e cinco anos incompletos. A de sarampo, por sua vez, é recomendada para crianças de um a cinco anos, também incompletos.

Campanha de vacinação foi prorrogada para cumprir meta estipulada pelo governo federal 

Crianças com alergia a leite de vaca não devem ser vacinadas agora contra sarampo. O imunizante usado na campanha, fornecido pelo laboratório Serum Institutte of India, apresentava um componente que poderia facilitar reações a crianças alérgicas. O Ministério da Saúde, no entanto, já orientou secretarias estaduais e municipais a evitar o uso da vacina em crianças com essas características.

O Distrito Federal foi a Unidade da Federação com a mais baixa cobertura vacinal de poliomielite: apenas 61,5% do público alvo foi imunizado. O Amazonas, por sua vez, foi o que registrou a menor adesão para vacina contra sarampo: 57,44% das crianças foram vacinadas.

Embora a poliomielite tenha sido erradicada no Brasil, a vacinação é essencial, afirma o Ministério da Saúde, para evitar a reintrodução do vírus no País. Dados da Organização Mundial da Saúde mostram que 10 países registraram em 2013 e 2014 casos da doença. No Paquistão, Nigéria e Afeganistão, a doença é endêmica. O ministério ressalta que, com o fluxo de turismo e comércio entre os países, o risco de importação do vírus é maior, por isso a importância da imunização.
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