Greve geral pode afetar 53 cidades mineiras

Paula Coura
pcoura@hojeemdia.com.br
26/04/2017 às 20:21.
Atualizado em 15/11/2021 às 14:18

 
Pelo menos 53 municípios em Minas Gerais terão amanhã atos grevistas contra os textos das reformas da Previdência e Trabalhista, segundo a Central Única dos Trabalhadores (CUT-MG). Serviços como saúde e órgãos da Justiça devem funcionar em escala mínima. Escolas públicas estarão fechadas e pelo menos 30 instituições particulares de ensino em Belo Horizonte não terão aulas. Ônibus não vão circular.

O metrô também poderá ficar parcialmente paralisado. O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) concedeu liminar determinando o funcionamento de, no mínimo, 80% dos trens entre 5h30 e 10h, assim como entre 16h e 20h. Nos demais horários, a escala mínima determinada é de 60%. Até o fechamento desta edição, o Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro) não havia se posicionado em relação a liminar.

Segundo a CUT-MG, 55 sindicatos de diversas categorias já tinham manifestado adesão ao ato nacional no início da tarde de ontem. “O sucesso da greve geral no dia 28 será contabilizado com a quantidade de categorias e trabalhadores que terão paralisadas suas atividades na data”, disse Beatriz Cerqueira, presidente da CUT-MG.

Questionado se os servidores estaduais teriam o ponto cortado caso aderissem à greve, a assessoria de imprensa do governo de Minas informou apenas que, no calendário, dia 28 não é ponto facultativo. Já a Prefeitura de Belo Horizonte informou que “avaliará os casos dos servidores que não conseguirem chegar em seus postos de trabalho em virtude da paralisação”.

Em contrapartida, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG) garantiu abono do dia de serviço aos servidores do órgão no Estado que quiserem aderirem à paralisação. O Sindicato dos Servidores da Justiça de Minas Gerais (Serjusmig) declarou que os servidores do Tribunal de Justiça (TJMG) estarão aptos a participar da greve desde que seja mantido um plantão mínimo de 40% dos trabalhadores de cada setor.

Quem for ao ato terá, obrigatoriamente, que compensar as horas faltosas em outra oportunidade, conforme previamente acordado com cada chefia.
O Tribunal Regional do Trabalho da 3º Região decretou feriado por questões de “segurança”. Segundo o órgão, casos urgentes serão atendidos em regime de plantão. O dia será considerado feriado para efeito forense.

Divergência

Em nota, o Sindicato das Escolas Particulares de Minas (Sinep/MG) se manifestou contra a paralisação dos professores. “O Sinep/MG não autoriza nem apoia a propalada paralisação dos professores de escolas particulares. Lembramos que este movimento é uma manifestação da CUT e dos sindicatos a ela afiliados”, disse.


A Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) cobrou a preservação do percentual legal mínimo (30%) de atendimento dos serviços à população, como unidades de saúde, transporte e bancos. “Qualquer paralisação neste momento de retomada do crescimento da economia pode impactar no setor produtivo”, declarou em nota.

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