Eficiência é ponto forte do caríssimo Honda Civic turbo

Marcelo Ramos
miramos@hojeemdia.com.br
13/01/2017 às 20:59.
Atualizado em 15/11/2021 às 22:25

A renovação do Honda Civic deu ao sedã japonês não apenas uma carroceria moderna e futurista, mas também por estrear o primeiro motor turbo da história do sedã. A unidade 1.5 de 173 cv chegou como solução para aumentar a eficiência dos automóveis no mercado norte-americano, que cada vez mais têm apostado em unidades compactadas com auxílio turbocompressor. 

Se por lá o motor faz parte de praticamente toda a linha, com exceção das versões de entrada LX e EX, por aqui o motor é exclusividade da versão topo de linha, Touring. Sendo assim, para fazer uso de toda modernidade e eficiência da unidade é preciso desembolsar R$ 124.900. Trata-se de um salto de R$ 19 mil sobre a versão ELX, a segunda na hierarquia da linha.

Por esse preço, o Civic se distancia de seus adversários habituais como Toyota Corolla, Nissan Sentra, Chevrolet Cruze e até mesmo do Volkswagen Jetta, e passa a confrontar com automóveis do quilate de Audi A3 Sedan e até mesmo o grandalhão Ford Fusion, na versão SEL 2.0 EcoBoost.

Ou seja, o Civic Touring é um carro muito caro. E o valor na etiqueta assusta o consumidor, que muitas vezes abre mão de seus atributos por uma escolha menos nababesca. Uma prova disso foi seu desempenho em 2016. 

O Civic vendeu quase 21 mil unidades no ano, enquanto o arquirrival Toyota Corolla emplacou 64 mil unidades. Mesmo considerando o desabastecimento da rede para a mudança de geração, no final do primeiro semestre, os volumes de 2.500 e 3 mil entre novembro e dezembro foram a metade de que o Corolla registrou nos mesmos períodos, de acordo com a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

Comportamento
Por outro lado, o sedã é um carro que impressiona pelo ótimo funcionamento do conjunto mecânico. Motor e caixa proporcionam comportamento exemplar. O Civic acelera rápido e a caixa troca de marchas com agilidade. Tudo isso garante segurança em ultrapassagens, mas não faz dele um puro-sangue.

A unidade foi projetada para ser eficiente e isso se confere na bomba de combustível. Com uma média de 11,2 km/l na cidade, não há como negar que o carro é econômico, com um apetite muito mais comedido que os 6,4 km/l registrados em nosso teste com a versão ELX equipada com motor 2.0 de 155 cv.

Raio-X Honda Civic Touring Turbo 1.5

O que é?
Sedã médio, quatro portas e cinco lugares.

Onde é feito?
Fabricado na unidade de Sumaré (SP).

Quanto custa?
R$ 124.900 

Com quem concorre?
De acordo com a configuração da versão Touring, o Civic testado concorre com o Audi A3 Sedan (R$ 115 mil); Chevrolet Cruze LTZ (102 mil) e Volkswagen Jetta Highline (R$ 114.500)

No dia a dia
O Civic é um automóvel confortável e com uma cesta de recursos que garantem muita comodidade. A atual geração tentou corrigir a sobriedade da anterior e os japoneses carregaram na tinta e fizeram um carro de arquitetura esportiva com teto baixo e com posição de dirigir bastante rasa, o que pode comprometer a visão do motorista de baixa estatura. O campo de visão traseiro também não é dos melhores, devido à cadência acentuada da coluna C. No entanto, a versão conta com um recurso interessante que é a câmera auxiliar no retrovisor direito, que ajuda nas manobras e conversões. 

Por outro lado, é um carro extremamente fácil de manobrar, pois o jogo de direção permite manobras em espaços curtos com praticidade ímpar. No entanto, é imprescindível o auxílio da câmera de ré. Outro destaque do sedã é que seu porta-malas cresceu. Agora são 525 litros contra 449 litros da geração anterior 

Motor e transmissão
A unidade 1.5 turbo de 173 cv não se compara com o veterano e beberrão motor 2.0 de 155 cv. O motor trabalha de forma muito eficiente com a caixa automática do tipo CVT, que emula sete marchas e tem um funcionamento mais eficaz que a antiga caixa de cinco velocidades. O propulsor tem respostas rápidas e o turbo entrega seus 22,3 mkgf de torque sempre que se pisa com mais força no acelerador, mas sua proposta é eficiência e não esportividade.

Como bebe?
A unidade turbo só pode ser abastecida com gasolina e seu consumo na cidade ficou em torno de 11,2 km/l.

Suspensão e freios
O acerto de suspensão é firme, o que faz dele um carro muito estável, principalmente em curvas em alta velocidade. Já os freios a disco nas quatro rodas permitem imobilizar o sedã em poucos metros. Destaque para o sistema “Brake Hold” que mantém os freios pressionados no trânsito sem a necessidade manter o pé no pedal.

Pontos positivos
- Motor turbo 
- Câmera later
- Caixa CVT de sete marchas
- Consumo

Ponto negativo
- Preço caro diante dos rivai

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