Férias: Revisão antes de pegar a estrada é fundamental para a segurança da família

Da redação
veiculos@hojeemdia.com.br
06/01/2017 às 18:04.
Atualizado em 15/11/2021 às 22:20

Finalmente, janeiro!

O primeiro mês do ano é, para muita gente, sinônimo de férias, ainda mais depois de um ano tenebroso como 2016. Momento em que se pode pegar toda a família e cair na estrada. Mas, antes de iniciar a jornada rumo ao lazer, é preciso dedicar atenção ao automóvel que, obrigatoriamente, precisa passar por uma revisão para não transformar o passeio em um verdadeiro calvário. Para isso, elaboramos um manual completo de manutenção, além de dicas, dividido em três partes: antes de sair de casa, durante e depois da viagem.

Seguindo esta cartilha, o amigo garante que seu tão estimado carro não será o vilão do verão de sua família, certo?!

Então, vamos lá:

ORÇAMENTO
Muita gente tem o hábito de rodar o ano inteiro com seu automóvel, sem se preocupar com a manutenção preventiva. Quando chega janeiro, hora de colocá-lo para rodar na estrada, o orçamento já está comprometido com matrícula escolar, IPTU, IPVA, fatura do cartão de crédito, que explodiu no Natal, e não sobra nada para a revisão do automóvel.

E o que muito motorista faz, de forma absolutamente equivocada, é acreditar que seu carro é o melhor do mundo e completamente capaz de cumprir as jornadas de ida e volta, sem apresentar qualquer tipo de problema. O resultado, na melhor das hipóteses, vai ser o retorno para casa a bordo de um reboque, que custará mais que a própria revisão, sem contar as despesas com reparo que o aguardam na oficina.

Então, para que o leitor evite transtornos, vamos começar pela documentação, afinal, qualquer problema relativo ao licenciamento pode interromper o passeio já no primeiro posto policial. Além de levar o Certificado de Registro Veicular (CRV) e carteira de habilitação (CNH), não esqueça de levar também o cartão de sua companhia de seguro, afinal, ele é muito útil em caso de necessidade.

PNEUS
O segundo passo do nosso manual de segurança é conferir os pneus do veículo, que precisam estar em bom estado de conservação para garantir aderência e estabilidade. Deve-se prestar atenção se há desgaste irregular na banda de rodagem, que pode significar direção desalinhada ou rodas desbalanceadas.

É que isso, além de comprometer a segurança, pode acelerar o desgaste também dos componentes de suspensão, além do próprio conjunto de direção. Uma dica para saber se o pneu está em condições de uso é observar os ressaltos existentes nos frisos da banda de rodagem.
Quando a borracha do pneu chegar no mesmo nível desses pontos é sinal de que está na hora de se fazer a troca - casos em que dá para ver os arames da estrutura interna do pneu são um enorme risco.

Outra observação importante é consultar o manual do proprietário para saber qual é a calibragem ideal dos pneus, quando o veículo está carregado (bagagem e passageiros), que é diferente da pressão usada quando se roda com o carro vazio, no uso diário.

ITENS DE DESGASTE
Caso não tenha o manual, normalmente os fabricantes afixam um plaqueta nas portas ou na tampa do tanque de combustível, com essa indicação.

Resolvida a questão dos pneus, é hora de levar o automóvel a uma oficina de confiança, que pode ser uma revenda autorizada ou outra, independente, de sua preferência para que seja feito um diagnóstico dos itens de desgaste que precisam de substituição.

Especificamente, devem ser checados os conjuntos de freios e suspensão, além da motorização e toda a parte elétrica.

Assim como os pneus, os freios são um dos principais componentes de um automóvel. O sistema é o principal recurso para se evitar um acidente, em condições extremas e sua revisão consiste em conferir o estado das pastilhas, dos discos, lonas, tambores e conjunto hidráulico, que inclui cilindro mestre, válvulas e o fluido de freio.

Entre os sintomas que dão sinais de comprometimento dos freios, um é facilmente perceptível: se, quando o motorista pisa no pedal ele sente uma trepidação contínua, é sinal de que há calo nos discos, o que reduz a eficiência do sistema e acelera o desgaste das pastilhas. Outro sintoma é a demora para resposta, quando se aciona os freios. Isso pode significar que a pastilha está gasta e precisa ser trocada imediatamente, pois, além de aumentar o risco de acidente, isso também pode provocar danos nos discos - aumentando o prejuízo mais tarde.

Já quando o condutor precisa puxar demais a alavanca do freio de mão é sinal de que as lonas dos tambores estão gastas ou, na melhor da hipóteses, que ele está desregulado. Da mesma forma, quando o motorista puxa a alavanca do freio de mão e ela não passa do segundo dente, é preciso regulá-lo corretamente para evitar que o carro rode “preso”, desgastando e superaquecendo as lonas - o que reduzindo sua eficiência e vida útil.

Por fim, se o motorista perceber que é preciso “bombar” o pedal para melhorar a atuação dos freios, é sinal de que a parte hidráulica do conjunto está com problemas, que podem ser vazamentos ou até falta de fluido.

Normalmente, quando a maioria desses problemas ocorre, a luz do freio de estacionamento acende no painel de instrumentos. E, a este sinal, o mais indicado é levar o veículo para manutenção, imediatamente.

BAGAGEM
Com o carro revisado, agora é só jogar a tralha de qualquer jeito, botar os pimpolhos para dentro e cair na estrada, certo?

Errado!

Para que não passar raiva no caminho, é bom organizar sua bagagem para otimizar o acesso a alguns itens, que podem ser necessários durante a viagem. Procure sempre colocar as bagagens de maior volume na parte de baixo do porta-malas e evite deixar miudezas espalhadas na parte de cima, pois, se for preciso trocar um pneu, quanto menor o número de objetos sobre o estepe, mais rápido será o reparo.

Se o seu carro for um hatchback ou uma perua, procure acomodar as malas de forma que não obstrua a visibilidade traseira, para poder enxergar tudo o que se passa atrás de seu automóvel. Também evite deixar bagagem sobre a tampa intermediária, pois em uma freada brusca os objetos podem cair sobre os ocupantes. 

FERRAMENTAS
Apesar de a grande maioria dos condutores não ter conhecimentos técnicos e nem ser aconselhável bancar o mecânico, é sempre prudente ter pelo menos algumas ferramentas, como alicate, chaves de fenda, fita isolante e também um pouco de óleo lubrificante, que podem ser úteis em caso de pequenos defeitos, como fechaduras que emperram, por exemplo.

Não esqueça de conferir a pressão do estepe, que normalmente fica murcho pela falta de uso - geralmente, o condutor só descobre isso quando precisa dele. Além disso, confira se os equipamentos obrigatórios, como macaco, triângulo e extintor de incêndio, estão em ordem.
No caso deste último, é preciso verificar se está dentro do prazo de validade, para não ser notificado.

Outra dica, que parece óbvia, é nunca exceder a capacidade limite de passageiros, pois, além de ser perigoso, também é proibido. E, pior do que a multa cobrada por cada passageiro excedente, será a interrupção da viagem do infeliz que, sem cinto de segurança, não poderá prosseguir.

CINTO DE SEGURANÇA
Por falar em cinto de segurança, é obrigatório que todos os passageiros usem o equipamento durante todo o trajeto, incluindo quem vai no banco traseiro.

Se entre os passageiros houver crianças, nunca permita que elas viagem no banco da frente. Mesmo se forem maior de 12 anos, principalmente se o automóvel for equipado com duplo airbag, pois o impacto da bolsa quando inflada pode causar ferimentos graves em menores.

Para entreter a criançada, vale a pena investir em um DVD destacável, que pode ser afixado no encosto de cabeça do motorista, durante a viagem e, depois, retirado. É que, para quem não está ao volante, prestando atenção no tráfego, a viagem pode ser bastante cansativa, ainda mais com crianças, que acabam ficando inquietas.

AR-CONDICIONADO
Também é recomendável verificar o sistema de ar-condicionado, trocando o filtro de pólen e conferir o nível do gás, estado do compressor e das mangueiras, para não ser surpreendido com um defeito debaixo do sol escaldante.

Películas nos vidros também são uma boa pedida para reduzir o incomodo provocado pelo sol, desde que não ultrapassem os limites do Código de Trânsito.

Procure fazer uma pesquisa do trajeto que você irá percorrer para chegar ao destino final. Programe paradas para ir ao banheiro, comer e esticar as pernas. Faça um cálculo se é possível completar a viagem apenas com um tanque de combustível, para evitar reabastecer na estrada, em postos com pouca infraestrutura, que podem vender combustível de má qualidade ou adulterado.

Procure se inteirar da previsão do tempo e buscar informações sobre as condições da pista. Além disso, é bom ter uma segunda ou terceira opção de rota, caso haja algum bloqueio no trajeto original.

VOLTA
Na volta para casa normalmente há um aumento de bagagem, que são lembranças, roupas, enfeites e uma infinidade de coisas que os turistas compram em férias. Fique atento para acomodar todo esse material extra, de forma que não prejudique a visibilidade e não comprometa a segurança dos passageiros.

Lembre-se que, depois de curtir o lazer, não adianta ter pressa e o melhor é redobrar a atenção, para quem as lembranças do passeio sejam as melhores possíveis.

Ao chegar em casa, a primeira coisa que se deve fazer é mandar dar uma geral no carro. Se o destino tiver sido o litoral, há um acúmulo de areia, sal e maresia, que podem causar ferrugem e danificar a pintura.

  

  

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