Nova Nissan Frontier chega com novo motor e conteúdos

Marcelo Ramos
miramos@hojeemdia.com.br
20/03/2017 às 15:18.
Atualizado em 15/11/2021 às 13:49

TUIUTI (SP) – Depois de quase três anos da aparição no Salão do Automóvel de São Paulo, a Nissan finalmente lança a nova picape Frontier no Brasil. A 12ª geração do utilitário estreia no país vinda do México e em 2018 começa a ser fabricada na nova fábrica da marca em Córdoba, Argentina.

Por vir do México, num primeiro momento a picape terá apenas uma versão, com preço sugerido de R$ 166.700. Um valor salgado para qualquer automóvel, mas que se mostra muito competitivo quando se trata de picapes com motoriza-ção diesel, em que as cifras podem ultrapassar os R$ 200 mil.

Em relação à geração passada, a picape japonesa evoluiu bastante, a começar pela parte estrutural que ganhou novo chassi, que utiliza longarinas mais leves e resistentes. Outra evolução foi a adoção de um sistema de suspensão traseira que aposenta o tradicional feixe de molas. No lugar dele há uma travessa alongada que permite um curso maior da suspensão.

Essa arquitetura herdada das picapes de competição norte-americanas se mostrou muito eficiente no perímetro urbano e rodoviário, oferecendo boa estabilidade e privilegiando o conforto no banco traseiro. A Nissan garante que o novo sistema mantém a mesma capacidade de carga, uma tonelada.

Novo motor
A Frontier também estreia um novo propulsor biturbo 2.3 de 190 cv e 45 mkgf. Apesar de não ser a unidade mais potente do mercado, o turbodiesel oferece todo o torque numa faixa de rotação muito baixa, a exatos 1.500 rpm. Combinado com a nova transmissão automática de sete marchas, a picape é capaz de trafegar na estrada em velocidade de cruzeiro (110 km/h) com rotação abaixo dos 2 mil giros, o que é traduzido em menor consumo.

Duas gerações
A chegada da nova Frontier marca o fim da linha para a atual geração feita na unidade da Aliança Renault-Nissan em São José dos Pinhais (PR). De acordo com os executivos da Nissan, as duas gerações deverão conviver por um breve período, pois ainda há unidades da versão brasileira em estoque.

E o encerramento da produção local se deve pela necessidade de liberar espaço na linha de montagem para os colegas franceses que atualmente produzem Sandero, Logan, Duster, Oroch e Captur, mas que precisarão de espaço para o Kwid, o sucessor do Clio.

Mas a “internacionalização” da Frontier não deverá ser sentida no bolso do consumidor. Afinal, Brasil e Argentina são integrantes do Mercosul, o que isenta a cobrança da tarifa de importação e o volume que virá do México não irá estourar a cota de importação.

Conteúdos
Por vir numa única versão, a Frontier chega bastante recheada, com direito a direção elétrica, ar-condicionado digital de duas zonas, sistema multimídia com navegador GPS, reprodutor de vídeo, câmera de ré, conexão com smartphone por roteador Wi-Fi, assim como revestimento dos bancos em couro, sendo que o assento do motorista tem ajuste elétrico. Em termos de segurança, a picape oferece controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa e também auxílio para descidas de ladeira. 

Assim como nas concorrentes, o acionamento da tração 4x4 e 4x4 reduzida é feito por seletor eletrônico no painel. No entanto, a mudança para as quatro rodas (alta) pode ser feita com o veículo a até 100 km/h. Sinceramente, é uma velocidade demasiada para a troca de tração, a não ser que o motorista esteja perseguindo óvnis numa plantação de milho.

  

  

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