Por R$ 66.400, edição especial do Sandero R.S. já vale só pelo jogo de pneus

Marcelo Ramos
miramos@hojeemdia.com.br
20/07/2017 às 16:49.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:40
 (Divulgação)

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Populares “esportivados” são rotineiros na indústria brasileira de automóveis. Basta um adesivo ali, uma roda bonitona, um cinto de segurança vermelho e mais uns penduricalhos. Sob o capô, tudo fica como dantes, da mesma forma que freios, amortecedores e raramente uma barra estabilizadora reforçada. Mas com o Sandero R.S. a coisa é diferente.

A versão apimentada do hatch chegou em 2015 e, ao contrário de quase todos os demais fabricantes, ele realmente trazia modificações que iam além das cosméticas. Testamos a edição limitada Racing Spirit, que além de carregar na maquiagem, traz outro item que eleva a performance: um jogo de pneus Michelin Pilot Sport PS4, que literalmente gruda o carro no asfalto.

O R.S. é um carrinho nervoso. O motor 2.0 de 150 cv e caixa manual de seis marchas (a mesma do Duster 4X4) dão o tempero que sempre faltou ao Sandero e ao irmão Logan. Só isso já faria dele um hot hatch imbatível em sua categoria, onde só não é páreo para o turbinado Peugeot 208 GT.

Mas a grande sacada do carrinho é o conjunto de suspensão, desenvolvida pelo time da Renault Sport, na França. O comportamento é semelhante a um conjunto independente, mas ele usa eixo rígido. Mas com novas barras estabilizadoras e amortecedores mais rígidos.

É impressionante como o carro é firme em curvas. Até mesmo nas mais fechadas e sem aliviar o pé do acelerador, ele teima em desafiar a força centrífuga e se mantém na linha.

Farofa
O R.S. “convencional” já era um carro chamativo por formação. A edição especial é ainda mais espalhafatosa com retrovisores, detalhes nos para-choques e até emblema no cubo das rodas pintados em vermelho. O enorme adesivo lateral carrega na tinta, mas é o que difere visualmente a edição da versão padrão.

Por dentro, arcos dos difusores de ar, acabamento do volante e detalhes nos bancos em vermelho acentuam o visual. E por falar em bancos, eles têm laterais alongadas para segurar o motorista e o passageiro. Só se lembre de não ter ninguém no banco de trás antes de bancar o Toretto!

Renault sandero R.S. 2.0

O que é?
Hatch compacto, quatro portas e cinco lugares.

Onde é feito?
Fabricado na planta de São José dos Pinhais (PR).

Quanto custa?
R$ 66.400

Com quem concorre?
O Sandero R.S. tem apenas um concorrente, o Peugeot 208 GT que parte de R$ 83.990, mas tem motor turbo 1.6 de 173 cv.

No dia a dia
O Sandero R.S. é um automóvel para quem realmente busca performance e sabe que isso irá penalizar o conforto, com um acerto de suspensão muito firme e consumo mais alto devido ao motor de maior deslocamento. Mas não significa que também se comporta como um hatch pacato e eficiente. Tudo depende da índole do motorista.
Em termos de conteúdo, ele oferece praticamente os mesmos equipamentos das versões Dynamique e Stepway, como multimídia, ar-condicionado eletrônico, direção eletro-hidráulica, vidros elétricos nas quatro portas, retrovisores elétricos. Mas tem o acréscimo do controle de estabilidade (ESP) e rodas aro 17, além de pneus esportivos Michelin Pilot Sport PS4.

Motor e transmissão
O motor 2.0 16v de 150 cv e 20,1 mkgf é conhecido do público e equipa o trio Duster, Oroch e Captur. A transmissão manual de seis marchas também veio do Duster 4x4, com a primeira e a segunda bem curtas. Tudo isso faz dele um carro muito esperto e o modo esportivo potencializa a performance com um ajuste de injeção com mistura mais rica.

Como bebe?
Apesar de ser um carro esportivo, quando se conduz de forma “sensata”, ele se mostra econômico. Em nosso teste, a unidade estava abastecida com gasolina e registrou média de 10,3 km/l no combinado entre trajeto urbano e rodoviário. No modo Sport, o mapeamento da injeção regula para o desempenho e não é raro o marcador registrar 5 km/l.

Suspensão e freios
A cereja do bolo do R.S. é a suspensão que foi rebaixada e ganhou novas barras estabilizadoras e amortecedores mais firmes, que fazem dele um automóvel incrivelmente fácil de domar e extremamente estável. Dura e com curso baixo, a configuração não é sinônimo de conforto. Já os freios utilizam discos nas quatro rodas e ainda conta com suporte do controle de estabilidade (ESP), que pode ser desabilitado no modo esportivo, mas não convém abusar da autoconfiança

Pontos positivos
Consumo
Desempenho
Suspensão

Pontos negativos
Maquiagem carregada
Acabamento simples

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