Purista, TVR retorna com Griffith para romper a barreira dos 320 km/h

Marcelo Ramos
miramos@hojeemdia.com.br
06/10/2017 às 20:45.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:07
 (TVR)

(TVR)

Quando se pensa em automóveis britânicos, as primeiras marcas que surgem na memória são Rolls-Royce, Land Rover e Jaguar. No entanto, há inúmeras marcas inglesas que acabam ficando ofuscadas. Uma delas é a TVR. Fundada em 1947, a empresa sempre se dedicou a esportivos com apenas dois lugares, fossem abertos ou fechados. Assim como outras marcas da ilha que praticamente desapareceram ou foram parar nas mãos de grupos estrangeiros, a TVR encarou um limbo por mais de 10 anos e retornará em 2018 com o Griffith.

O nome não é novidade, o Griffith tem sido usado pela marca desde 1963 e está será a terceira vez que batiza um modelo da marca. O cupê teve projeto assinado por Gordon Murray. O sul-africano foi o projetista da McLaren, responsável pelos bólidos da Fórmula 1 na era Senna e Prost e também pelo desenvolvimento do supercarro McLaren F1. Ou seja, não haveria ninguém melhor para construir o carro que marcará o retorno da TVR.

O Griffith é um Gran Turismo nato. Capô longo, traseira curta e cabine para dois ocupantes. Seu estilo é tão extravagante quanto os de seus antecessores como o Tuscan e Tamora, com o uso de recortes na carroceria com a grande saída de ar e escapamento nos para-lamas dianteiros. O conjunto ótico e as lanternas também se destacam pelo desenho arrojado. 

O toque de mestre
Gordon Murray ficou famoso mundialmente devido à performance imbatível do Macca F1, em 1993. Aquele carro que dispensava aerofólio traseiro e acelerava a 371 km/h desbancou Ferrari F40 e Lamborghini Diablo. 

O Griffith não tem pretensões tão audaciosas, mas recebeu a mesma atenção do projetista nos quesitos estabilidade e aerodinâmica. Construído sobre uma estrutura de fibra de carbono, Murray e sua equipe conseguiram uma distribuição de peso de proporção 50/50.
Para isso, o motor Cosworth V8 5.0 de 480 cv (aspirado) foi montado na posição dianteira central e a transmissão manual de seis marchas foi montada na posição transeixo junto ao eixo traseiro. 

Claro que essa configuração rouba um grande espaço interno do cupê, que tem um largo e elevado túnel central, mas trata-se de um esportivo à moda antiga, com motor grande, muito torque, e tração apenas nas rodas traseiras, característica forte dos carros da TVR. Segundo a marca, o Griffith é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 4 segundos e atingir a velocidade máxima de 320 km/h.

No entanto, Griffith se modernizou na aerodinâmica. Assim como os esportivos atuais, ele conta com recursos como aerofólio traseiro móvel. A asa que se ajusta às necessidades do carro pode aumentar ou reduzir o efeito solo. Segundo a TVR até as formas dos faróis foram elaboradas para otimizar o fluxo de ar que passa pela carroceria.

Por dentro, mostradores digitais, uso farto de couro nos bancos esportivos e Alcantara no volante. Mostradores digitais, chave presencial e outras frescuras que se fazem necessárias para cativar o consumidor que irá desembolsar 90 mil libras esterlinas (R$ 382 mil) pelo GT ao melhor estilo bretão.

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