Ruf CTR 2017: o retorno do ‘fabuloso canário atômico’

Marcelo Ramos
miramos@hojeemdia.com.br
11/03/2017 às 10:30.
Atualizado em 15/11/2021 às 13:42

A edição 87 do Salão do Automóvel de Genebra está recheada de máquinas incríveis e projetos futuristas, repletos de tecnologia, mas quem roubou a cena foi a RUF. A empresa alemã (que tem status de fabricante) e desenvolve seus carros sobre a base de modelos Porsche levou para a mostra suíça a releitura do clássico CTR “Yellow Bird”, para marcar seus 30 anos.

Batizado de CTR 2017, o novo Yellow Bird manteve as mesmas linhas da geração 930 do Porsche 911 (1975-1989), assim como respeitou os detalhes visuais que o diferenciavam de um 911 “comum”. Desenho dos para-choques, lanternas, das rodas, aerofólio e até mesmo a entrada de ar tipo NACA sobre o para-lamas traseiro foram mantidos. O que mudou mesmo foram as maçanetas, que passaram ser embutidas na lataria e os faróis ganharam novos canhões de xenônio e luz diurna em LED. Como a Porsche não prensa mais a carroceria do 930 há quase 30 anos, o monobloco e painéis são moldados em fibra de carbono, que lhe garante um peso de 1.200 quilos.

Pombo sem asa
Mas é lá atrás, debaixo da “whale tail” (rabo de baleia) que o CTR evoluiu absurdamente. Se em 1987 a RUF CRT era capaz de fazer Ferrari F40, Lamborghini Countach e Porsche 959 comerem poeira com seu boxer (cilíndros opostos) 3.4 de 475 cv, o novo Yellow Bird vai muito além. 

Agora, o modelo vem equipado com uma unidade boxer 3.6 biturbo que despeja nada menos que 710 cv a 6.750 rpm e 89,8 mkgf de torque a 2.750 rpm. Purista, toda essa força é controlada pelo pé esquerdo e a mão direita, pois as 30 unidades do CTR 2017 serão oferecidas apenas caixa manual de seis marchas e com tração traseira. 

Seus números de desempenho impressionam, o “canário” da RUF acelera de 0 a 100 km/h em 3,5 segundos, chega aos 200 km/h em menos de 9 segundos e atinge máxima de 360 km/h.

Freios
Para dar conta de tanta truculência, o Yellow Bird utiliza discos de freio em cerâmica de carbono perfurados com 38 cm na frente e 25 cm atrás. Já a suspensão utiliza kit independente com braços sobrepostos e amortecedores horizontais (pushrod) como na F1. Interessou? A boa notícia é que sua produção terá início em 2018. Tempo suficiente para levantar os extimados US$ 500 mil.

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